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Economistas elevam projeção para Selic em 2013 a 9,5%

Instituições financeiras mantiveram perspectiva de que a Selic terá alta de 0,5% nesta semana, mas elevaram projeção para o ano

Dinheiro: em relação à inflação, os economistas elevaram a projeção para o IPCA em 2013 a 5,80%, ante 5,74% anteriormente (Andrew Harrer/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 09h41.

São Paulo - Economistas de instituições financeiras mantiveram a perspectiva de que a Selic terá alta de 0,5 ponto percentual nesta semana, mas passaram a projetar maior aperto monetário, além de inflação e dólar mais altos neste ano.

A mediana das projeções dos analistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira aponta que a Selic encerrará 2013 a 9,50 por cento, ante 9,25 por cento na semana anterior.

Diante de um cenário de inflação ainda elevada, dificuldades de crescimento econômico e medidas de intervenção para conter a desvalorização do real, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne nas próximas terça e quarta-feiras para definir o novo patamar da Selic, atualmente em 8,5 por cento ao ano.

A maioria das apostas no mercado de juros futuros é de nova alta de 0,5 ponto percentual. Pesquisa da Reuters também apontou expectativa de alta para 9,0 por cento nesta semana, encerrando o ano a 9,50 por cento.

Para 2014, os economistas consultados no Focus mantiveram a perspectiva de que a Selic encerrará o ano a 9,5 por cento.

Entretanto, a mediana das estimativas do Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, é de que a Selic encerrará 2013 a 9,75 por cento, inalterado ante a semana anterior. E em relação a 2014, a projeção foi elevada a 10,0 por cento, ante 9,75 por cento.

Um dos principais pontos de preocupação recentemente é a alta do dólar e seu potencial impacto sobre a inflação. Tanto que o BC anunciou na semana passada um programa de leilões cambiais diários com o objetivo de "prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado".


No Focus, os economistas elevaram pela terceira semana seguida a expectativa para o dólar no final deste ano, para 2,32 reais, ante 2,30 reais anteriormente.

Inflação e crescimento

Apesar de terem elevado a projeção para a taxa básica de juros, os economistas no Focus veem inflação mais alta neste ano, uma vez que elevaram a expectativa para o IPCA a 5,80 por cento, ante 5,74 por cento na semana anterior. Para 2014, a perspectiva subiu a 5,84 por cento, ante 5,80 por cento.

Enquanto isso, a projeção para a inflação em 12 meses foi elevada pela oitava vez consecutiva, a 6,08 por cento, ante 5,97 por cento.

A menor queda dos preços de alimentos e de transportes favoreceu a aceleração da alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) em agosto para 0,16 por cento, com maior difisuão.

Ainda assim a inflação em 12 meses se afastou ainda mais do teto da meta do governo para 6,15 por cento, trajetória que tende a continuar em certo grau.

Por sua vez, a perspectiva para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi ajustada no Focus a 2,20 por cento, ante 2,21 por cento. Para 2014 houve redução a 2,40 por cento, ante 2,50 por cento anteriormente.

Pesquisa da Reuters apontou que a economia provavelmente acelerou no segundo trimestre, mas deve perder fôlego rapidamente no restante do ano, encerrando 2013 com expansão de 2,1 por cento.

Atualizado às 9h40

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São Paulo - Economistas de instituições financeiras mantiveram a perspectiva de que a Selic terá alta de 0,5 ponto percentual nesta semana, mas passaram a projetar maior aperto monetário, além de inflação e dólar mais altos neste ano.

A mediana das projeções dos analistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira aponta que a Selic encerrará 2013 a 9,50 por cento, ante 9,25 por cento na semana anterior.

Diante de um cenário de inflação ainda elevada, dificuldades de crescimento econômico e medidas de intervenção para conter a desvalorização do real, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne nas próximas terça e quarta-feiras para definir o novo patamar da Selic, atualmente em 8,5 por cento ao ano.

A maioria das apostas no mercado de juros futuros é de nova alta de 0,5 ponto percentual. Pesquisa da Reuters também apontou expectativa de alta para 9,0 por cento nesta semana, encerrando o ano a 9,50 por cento.

Para 2014, os economistas consultados no Focus mantiveram a perspectiva de que a Selic encerrará o ano a 9,5 por cento.

Entretanto, a mediana das estimativas do Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, é de que a Selic encerrará 2013 a 9,75 por cento, inalterado ante a semana anterior. E em relação a 2014, a projeção foi elevada a 10,0 por cento, ante 9,75 por cento.

Um dos principais pontos de preocupação recentemente é a alta do dólar e seu potencial impacto sobre a inflação. Tanto que o BC anunciou na semana passada um programa de leilões cambiais diários com o objetivo de "prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado".


No Focus, os economistas elevaram pela terceira semana seguida a expectativa para o dólar no final deste ano, para 2,32 reais, ante 2,30 reais anteriormente.

Inflação e crescimento

Apesar de terem elevado a projeção para a taxa básica de juros, os economistas no Focus veem inflação mais alta neste ano, uma vez que elevaram a expectativa para o IPCA a 5,80 por cento, ante 5,74 por cento na semana anterior. Para 2014, a perspectiva subiu a 5,84 por cento, ante 5,80 por cento.

Enquanto isso, a projeção para a inflação em 12 meses foi elevada pela oitava vez consecutiva, a 6,08 por cento, ante 5,97 por cento.

A menor queda dos preços de alimentos e de transportes favoreceu a aceleração da alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) em agosto para 0,16 por cento, com maior difisuão.

Ainda assim a inflação em 12 meses se afastou ainda mais do teto da meta do governo para 6,15 por cento, trajetória que tende a continuar em certo grau.

Por sua vez, a perspectiva para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi ajustada no Focus a 2,20 por cento, ante 2,21 por cento. Para 2014 houve redução a 2,40 por cento, ante 2,50 por cento anteriormente.

Pesquisa da Reuters apontou que a economia provavelmente acelerou no segundo trimestre, mas deve perder fôlego rapidamente no restante do ano, encerrando 2013 com expansão de 2,1 por cento.

Atualizado às 9h40

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