Economia

Economia vai despencar 3,1% este ano, diz Banco Fibra

Revisão é a mais dramática, mas não a única; Bradesco, Itaú e Credit Suisse já falam em 2 anos seguidos de recessão, situação inédita desde a Grande Depressão

Queda na renda per capita (Thinkstock)

Queda na renda per capita (Thinkstock)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 27 de julho de 2015 às 16h13.

São Paulo - As projeções para a economia brasileira não param de piorar.

Nesta segunda-feira, o Banco Fibra anunciou a revisão da sua previsão de queda do PIB em 2015 de -1,7% para impressionantes -3,1%. Para 2016, a expectativa foi de -0,2% para -1%.

"O principal driver de revisão continua sendo a forte contração esperada para a absorção doméstica, que deve registrar recuo de 4,3% em 2015, a mais forte já registrada na série histórica das contas nacionais. A retração dos investimentos e do consumo das famílias – resultado direto da falta de confiança na economia doméstica – deve, em nossa opinião, se aprofundar no segundo semestre", diz o texto divulgado.

A revisão para baixo é a mais dramática entre as instituições financeiras, mas não é a única. No Boletim Focus divulgado hoje, a previsão para o PIB foi de recessão de -1,70% para -1,76% em 2015 e crescimento de 0,20%¨para 0,13% em 2016.

Em junho, a mediana para o ano que vem ainda estava em 1%, mas agora muitos bancos já falam em dois anos seguidos de recessão. O Itaú revisou sua projeção de queda do PIB em 2015 de -1,7% para -2,2% e já prevê queda de -0,2% em 2016. 

O Credit Suisse acaba de revisar sua projeção de recessão este ano de -1,8% para -2,4%; para 2016, a previsão de um crescimento de 0,6% virou uma nova contração de 0,5%.

"Essa seria a primeira vez desde 1930-1931 que o País teria uma recessão por dois anos consecutivos", destacaram. Naquela época, o mundo ainda sofria com os efeitos da Grande Depressão de 1929.

O anúncio da revisão da meta fiscal pelo governo federal sinalizou que o ajuste e a crise serão mais difíceis do que o previsto e mexeu com as expectativas. A previsão do Bradesco BBI foi -2% para -2,2% em 2015 e de 0,3% para -0,8% em 2016.

Acompanhe tudo sobre:Banco FibraBancosbancos-de-investimentoBradescoCredit SuisseCrescimento econômicoCrise econômicaCrises em empresasDesenvolvimento econômicoeconomia-brasileiraEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas suíçasIndicadores econômicosItaúPIBPIB do BrasilRecessão

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor