Há um mês, a mediana das previsões estava negativa em 1,50% (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2015 às 11h24.
Brasília - Mais uma vez o mercado financeiro revisou para baixo suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015. A expectativa de retração de 1,76% no Relatório de Mercado Focus foi substituída por uma queda de 1,80% agora.
O documento é divulgado pelo Banco Central toda segunda-feira pela manhã. Há um mês, a mediana das previsões estava negativa em 1,50%.
A perspectiva de recuperação da atividade no ano que vem também segue debilitada. Ficou em 0,20% nesta segunda-feira, 3, mesmo número da semana anterior.
Um mês antes estava em 0,50%. O BC, apesar de também ter revisado para pior sua projeção, de queda de 0,6% para retração de 1,1%, segue mais otimista que o mercado.
No Relatório Trimestral de Inflação de junho, a instituição informou que a mudança ocorreu em função de piora nas perspectivas para a indústria, cuja expectativa de PIB recuou de -2,3% para -3,0%.
Segundo o BC, essa piora foi influenciada por impactos das reduções projetadas para a indústria de transformação, de -3,4% para -6%, e para a produção e distribuição de eletricidade, água e gás, de -1,4% para -5,6%, refletindo cenário de aumento da participação de termoelétricas na oferta de energia e de redução do consumo de água no primeiro trimestre do ano.
Para o setor de serviços, a autoridade monetária, que até março via uma ligeira expansão de 0,1% em 2015, passou a projetar queda de 0,8%.
No boletim Focus de hoje, a projeção para a produção industrial, no entanto, foi mantida em baixa de 5,00%. Essa previsão segue estável há três semanas.
Quatro edições da pesquisa atrás, a mediana das previsões para o setor fabril era de uma retração de 4,72%. Já para 2016, a mediana das estimativas segue em alta de 1,30% - um mês antes era 1,35%.
Para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas é a de que deve encerrar 2015 em 37,00%, como já apontado na semana passada.
Em 2016, a projeção é de 38,50%. Há quatro semanas, as medianas das previsões para esse indicador eram de, respectivamente, 37,30% e 38,05%.