Economia

Economia precisa de "globalização diferente", alerta FMI

Para diretora do FMI a globalização precisa concentrar-se mais em "fazer com que funcione para todos"


	Christine Lagarde: "Estamos pedindo uma globalização inclusiva", uma que "na realidade beneficie a todos", diz diretora do fundo
 (REUTERS/Gary Cameron)

Christine Lagarde: "Estamos pedindo uma globalização inclusiva", uma que "na realidade beneficie a todos", diz diretora do fundo (REUTERS/Gary Cameron)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 13h14.

A globalização funcionou durante anos e deve se tornar "diferente" para ser inclusiva, mas não é o momento de impor obstáculos, afirmou nesta quinta-feira a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ao abrir a reunião semestral da instituição com o Banco Mundial.

"Sabemos que a globalização tem funcionado durante vários anos e representado enormes benefícios para muitas pessoas. Não acredito que é o momento de opor resistência", disse Lagarde em Washington.

Para a número um do FMI, na realidade a globalização "precisa ser levemente diferente" para concentrar-se mais em "fazer com que funcione para todos e prestar atenção àqueles que estão diante do risco de perder tudo", seja como resultado da economia digital ou do comércio internacional.

"Estamos pedindo uma globalização inclusiva", uma que "na realidade beneficie a todos".

O FMI, que esta semana apresentou uma nova previsão para a economia global, formulou vários alertas contra uma tendência crescente de questionar os benefícios da globalização e do comércio mundial.

Em especial, a candidatura à presidência dos Estados Unidos do empresário Donald Trump provoca alertas por suas propostas de renegociar os principais acordos comerciais dos quais Washington participa, além de abrir uma guerra comercial com a China.

Lagarde evitou nesta quinta-feira fazer qualquer comentário sobre a campanha eleitoral dos Estados Unidos, mas reforçou que a economia global nesta conjuntura precisa do "motor" do comércio internacional.

"O comércio tem sido um grande motor para o crescimento. E se queremos um crescimento melhor para atender aos problemas pendentes, precisamos deste motor para apoiá-lo e acelerá-lo".

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