EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2010 às 08h59.
WASHINGTON (Reuters) - O emprego nos Estados Unidos cresceu em março pela terceira vez desde o início da recessão no final de 2007, com o setor privado aumentando a contratação no maior ritmo em quase 3 anos.
A economia norte-americana criou 162 mil empregos no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira, deixando a taxa de desemprego estável em 9,7 por cento pelo terceiro mês consecutivo. O aumento foi o maior desde março de 2007, e também reflete a contratação temporária para a realização do censo no país.
Os números do emprego de janeiro foram revisados para mostrar um ganho de 14 mil, e os dados de fevereiro foram ajustados para mostrar uma perda de apenas 14 mil postos de trabalho.
Analistas ouvidos pela Reuters esperavam que o emprego subisse 190 mil no mês passado e que a taxa de desemprego se mantivesse em 9,7 por cento. A mediana das projeções dos 20 economistas que previram mais corretamente os dados do emprego ao longo do ano passado esperavam que 200 mil empregos fossem criados em março.
O mercado de trabalho tem atrasado a recuperação da economia norte-americana da pior recessão desde os anos 1930, criando um desafio político para o presidente Barack Obama.
A geração de empregos é fundamental para a recuperação, que começou na segunda metade de 2009, quando as medidas de estímulo do governo e o impulso da reconstrução de estoques esmorecerem.
"O crescimento nos empregos é a última peça do quebra-cabeça. Nós precisamos de crescimento de empregos e do crescimento da renda de trabalho para termos uma recuperação econômica sustentável", disse Zach Pandl, economista da Nomura Securities International em Nova York.
No setor de produção de bens, o setor manufatureiro criou 17 mil empregos em março, e o número de empregos na construção cresceu 15 mil. O emprego no setor de serviços aumentou com a geração de 14.900 empregos no varejo. O emprego estatal aumentou 39 mil, refletindo a contratação temporária para o censo do governo.