Economia do Japão volta a entrar em recessão no 3º tri
Os dados revelam a necessidade, segundo analistas, de uma reforma estrutural voltada a romper as dificuldades do lado da oferta
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2015 às 08h30.
Tóquio - O Japão entrou em sua quarta recessão técnica em cinco anos no terceiro trimestre, destacando como as políticas do governo conhecidas como "Abenomics" têm encontrado dificuldades para tirar a economia da estagnação crônica.
Dados oficiais divulgados nesta segunda-feira mostraram que a terceira maior economia do mundo encolheu a uma taxa anual de 0,8 por cento de julho a setembro após contrair 0,7 por cento no trimestre anterior, colocando-a definitivamente em recessão --dois trimestres consecutivos de contração.
Os dados revelam a necessidade, segundo analistas, de uma reforma estrutural voltada a romper as dificuldades do lado da oferta, incluindo a escassez de trabalho em uma sociedade que envelhece rapidamente e que sofreu com uma deflação crônica por mais de 15 anos.
"Os dois primeiros pilares do 'Abenomics', de estímulos monetários e fiscais, tinham o objetivo de ganhar tempo, mas o Japão falhou em progredir com reformas dolorosas necessárias para impulsionar seu potencial de crescimento", disse o economista sênior do BNP Paribas Securities Hiroshi Shiraishi.
"Sem reformas (o terceiro pilar), o potencial de crescimento da economia permanece baixo, deixando-a vulnerável a choques e a recessões mais frequentemente."
O ministro da Economia, Akira Amari, citou em entrevista à imprensa após a divulgação dos dados uma escassez de trabalho disponível para projetos de obras públicas para estimular a economia, destacando uma restrição maior encarada pelas autoridades, uma vez que não há trabalhadores capacitados o suficiente para construir o crescimento.
Amari assentiu quando perguntado se "não via necessidade" de elaborar um orçamento extra para estimular a demanda imediatamente, apesar do secretário do tesouro norte-americano, Jack Lew, ter proposto que o Japão deveria fornecer mais suporte fiscal para garantir o retorno ao crescimento, liderado pela demanda doméstica.
Amari pediu às empresas japonesas que usem suas reservas recordes de dinheiro para elevar os salários e impulsionar os gastos de capital para gerar um ciclo virtuoso de crescimento liderado pelo setor privado, ao invés de simplesmente exigirem mais estímulos quando tal crescimento continua elusivo.
Tóquio - O Japão entrou em sua quarta recessão técnica em cinco anos no terceiro trimestre, destacando como as políticas do governo conhecidas como "Abenomics" têm encontrado dificuldades para tirar a economia da estagnação crônica.
Dados oficiais divulgados nesta segunda-feira mostraram que a terceira maior economia do mundo encolheu a uma taxa anual de 0,8 por cento de julho a setembro após contrair 0,7 por cento no trimestre anterior, colocando-a definitivamente em recessão --dois trimestres consecutivos de contração.
Os dados revelam a necessidade, segundo analistas, de uma reforma estrutural voltada a romper as dificuldades do lado da oferta, incluindo a escassez de trabalho em uma sociedade que envelhece rapidamente e que sofreu com uma deflação crônica por mais de 15 anos.
"Os dois primeiros pilares do 'Abenomics', de estímulos monetários e fiscais, tinham o objetivo de ganhar tempo, mas o Japão falhou em progredir com reformas dolorosas necessárias para impulsionar seu potencial de crescimento", disse o economista sênior do BNP Paribas Securities Hiroshi Shiraishi.
"Sem reformas (o terceiro pilar), o potencial de crescimento da economia permanece baixo, deixando-a vulnerável a choques e a recessões mais frequentemente."
O ministro da Economia, Akira Amari, citou em entrevista à imprensa após a divulgação dos dados uma escassez de trabalho disponível para projetos de obras públicas para estimular a economia, destacando uma restrição maior encarada pelas autoridades, uma vez que não há trabalhadores capacitados o suficiente para construir o crescimento.
Amari assentiu quando perguntado se "não via necessidade" de elaborar um orçamento extra para estimular a demanda imediatamente, apesar do secretário do tesouro norte-americano, Jack Lew, ter proposto que o Japão deveria fornecer mais suporte fiscal para garantir o retorno ao crescimento, liderado pela demanda doméstica.
Amari pediu às empresas japonesas que usem suas reservas recordes de dinheiro para elevar os salários e impulsionar os gastos de capital para gerar um ciclo virtuoso de crescimento liderado pelo setor privado, ao invés de simplesmente exigirem mais estímulos quando tal crescimento continua elusivo.