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Economia alemã mostra solidez e cresce mais do que previsto

O Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia aumentou 0,4% entre abril e junho, o dobro da estimativa média dos especialistas

Euro: "A economia alemã poderá crescer de 1,8% a 1,9% em 2016" (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2016 às 10h57.

A economia alemã não conseguiu manter no segundo trimestre sua cadência, mas continuou ostentando um honroso crescimento, superior às previsões, um dado que prefigura sua capacidade de resistência ao efeito Brexit.

O Produto Interno Bruto ( PIB ) da maior economia aumentou 0,4% entre abril e junho, o dobro da estimativa média dos especialistas.

"No segundo trimestre, não houve qualquer tipo de fragilidade estrutural", afirmou Stefan Kipar, economista da BayernLB.

Os analistas estabeleceram de imediato projeções tranquilizadoras para o resto do ano.

"A economia alemã poderá crescer de 1,8% a 1,9% em 2016", afirma Andreas Rees, da Unicredit.

O Commerzbank reajustou para cima sua previsão de aumento do PIB a 1,8%, frente a 1,5% em sua previsão anterior.

O governo e o Bundesbank (banco central) acreditam que o crescimento será de 1,7%, depois de 1,5% registrado em 2015.

O ano começou a todo vapor, com um crescimento de 0,7% no primeiro trimestre, graças a condições meteorológicas clementes. É esperada, em consequência, uma perda de ritmo, mas esta foi temperada, entre outras coisas, pelo dinamismo do comércio exterior.

Exportações em aumento

A Alemanha, com exportações que superam os 100 bilhões de euros mensais, observava com ansiedade a desaceleração da economia chinesa e de outros grandes mercados emergentes, assim como o aumento da instabilidade geopolítica em inúmeras regiões do planeta.

Mas os carros, os produtos químicos e o maquinário "Made in Germany" continuaram sendo vendidos satisfatoriamente.

"Segundo dados provisórios, as exportações aumentaram em relação ao primeiro trimestre de 2016 e as importações retrocederam levemente", indicou o Escritório Nacional de Estatísticas em um comunicado, que publicará os números detalhados no próximo dia 24.

Os gastos dos particulares e o gasto público também contribuíram para o crescimento do segundo trimestre. O consumo se viu favorecido pela vitalidade do mercado de trabalho, com o menor índice de desemprego últimos 25 anos, e pela alta dos salários, com preços estáveis.

O único setor que destoa é o da construção, que manteve um sólido crescimento no primeiro trimestre graças a um inverno relativamente quente.

O terceiro trimestre teve início depois do referendo de 23 de agosto no Reino Unido, que aprovou a saída desse país da União Europeia (UE).

Os analistas alertam que o impacto dessa decisão e o processo de ruptura que se inicia afetarão o crescimento, mas que a economia alemã saberá enfrentar o temporal.

Seus principais argumentos são "fundamentos sólidos, um mercado de trabalho em grande forma e as rendas reais em alta, assim como uma política fiscal levemente estimulante e excelentes condições de financiamento", afirma Holger Schmieding, do Banco Berenberg.

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A economia alemã não conseguiu manter no segundo trimestre sua cadência, mas continuou ostentando um honroso crescimento, superior às previsões, um dado que prefigura sua capacidade de resistência ao efeito Brexit.

O Produto Interno Bruto ( PIB ) da maior economia aumentou 0,4% entre abril e junho, o dobro da estimativa média dos especialistas.

"No segundo trimestre, não houve qualquer tipo de fragilidade estrutural", afirmou Stefan Kipar, economista da BayernLB.

Os analistas estabeleceram de imediato projeções tranquilizadoras para o resto do ano.

"A economia alemã poderá crescer de 1,8% a 1,9% em 2016", afirma Andreas Rees, da Unicredit.

O Commerzbank reajustou para cima sua previsão de aumento do PIB a 1,8%, frente a 1,5% em sua previsão anterior.

O governo e o Bundesbank (banco central) acreditam que o crescimento será de 1,7%, depois de 1,5% registrado em 2015.

O ano começou a todo vapor, com um crescimento de 0,7% no primeiro trimestre, graças a condições meteorológicas clementes. É esperada, em consequência, uma perda de ritmo, mas esta foi temperada, entre outras coisas, pelo dinamismo do comércio exterior.

Exportações em aumento

A Alemanha, com exportações que superam os 100 bilhões de euros mensais, observava com ansiedade a desaceleração da economia chinesa e de outros grandes mercados emergentes, assim como o aumento da instabilidade geopolítica em inúmeras regiões do planeta.

Mas os carros, os produtos químicos e o maquinário "Made in Germany" continuaram sendo vendidos satisfatoriamente.

"Segundo dados provisórios, as exportações aumentaram em relação ao primeiro trimestre de 2016 e as importações retrocederam levemente", indicou o Escritório Nacional de Estatísticas em um comunicado, que publicará os números detalhados no próximo dia 24.

Os gastos dos particulares e o gasto público também contribuíram para o crescimento do segundo trimestre. O consumo se viu favorecido pela vitalidade do mercado de trabalho, com o menor índice de desemprego últimos 25 anos, e pela alta dos salários, com preços estáveis.

O único setor que destoa é o da construção, que manteve um sólido crescimento no primeiro trimestre graças a um inverno relativamente quente.

O terceiro trimestre teve início depois do referendo de 23 de agosto no Reino Unido, que aprovou a saída desse país da União Europeia (UE).

Os analistas alertam que o impacto dessa decisão e o processo de ruptura que se inicia afetarão o crescimento, mas que a economia alemã saberá enfrentar o temporal.

Seus principais argumentos são "fundamentos sólidos, um mercado de trabalho em grande forma e as rendas reais em alta, assim como uma política fiscal levemente estimulante e excelentes condições de financiamento", afirma Holger Schmieding, do Banco Berenberg.

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