Economia

Draghi, do BCE, diz que não vai parar impressão de dinheiro

Presidente do banco minimizou temores sobre a possibilidade de o "quantitative easing" gerar bolhas financeiras


	O presidente do BCE, Mario Draghi: "vamos implementar na totalidade nosso programa de compras como anunciado"
 (Eric Piermont/AFP)

O presidente do BCE, Mario Draghi: "vamos implementar na totalidade nosso programa de compras como anunciado" (Eric Piermont/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2015 às 14h28.

Washington - O Banco Central Europeu (BCE) não vai interromper a implementação de seu programa de impressão de dinheiro, afirmou nesta quinta-feira seu presidente, Mario Draghi, minimizando os temores sobre a possibilidade de o "quantitative easing" gerar bolhas financeiras.

O claro compromisso de Draghi, apresentado em Washington a uma audiência no Fundo Monetário Internacional (FMI), mostra que há poucas chances de o programa, lançado apesar das reservas da Alemanha, ser reduzido.

"Após quase 7 anos de uma debilitante sequência de crises, empresas e famílias estão bastante hesitantes em assumir riscos econômicos", disse Draghi a uma audiência que incluía a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.

"Por esse motivo um bom tempo é necessário antes que possamos declarar sucesso."

Draghi afirmou que, embora as compras de 60 bilhões de euros por mês, pricipalmente de títulos governamentais, estejam elevando os preços de ativos e a confiança, ele também quer que elas impulsionem a inflação e os investimentos.

"Vamos implementar na totalidade nosso programa de compras como anunciado e, de qualquer maneira, até que vejamos um ajuste sustentado na trajetória de inflação", disse ele.

Draghi também respondeu aos críticos que argumentam que tal impressão de dinheiro, ou "quantative easing" (QE), pode alimentar bolhas de preços em propriedades ou afetar poupanças, minimizando tais preocupações.

"No momento existe pouca indicação de que desequilíbrios financeiros generalizados estejam surgindo." 

Acompanhe tudo sobre:BCEFMIMario Draghi

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto