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Dólar tem leves variações sobre o real após Datafolha

Pesquisa mostrou avanço das intenções de voto da presidente Dilma Rousseff e queda da ex-senadora Marina Silva no primeiro turno

Dólar: às 11h45, a moeda norte-americana subia 0,16%, a 2,3689 reais na venda (Susana Gonzalez/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 12h37.

São Paulo - O dólar tinha leve alta e oscilava em torno de 2,37 reais nesta sexta-feira, com investidores testando a tolerância do Banco Central à escalada recente da divisa. O movimento era limitado pelo ambiente global de menor aversão ao risco após a Escócia votar contra a proposta de se separar do Reino Unido.

Às 11h45, o dólar subia 0,16 por cento, a 2,3689 reais na venda, após atingir 2,3517 reais na mínima do dia e 2,3709 reais na máxima.

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Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 36 milhões de dólares.

A moeda norte-americana tem subido nas últimas semanas diante de pesquisas eleitorais que mostraram a presidente Dilma Rousseff (PT), alvo de críticas nos mercados, ganhando terreno nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais.

Nesta madrugada, levantamento do Datafolha confirmou esse cenário.

O dólar superou o nível de 2,37 reais durante a sessão anterior pela primeira vez em sete meses e continuava a oscilar em torno desse patamar nesta manhã.

O movimento alimentava expectativas de que o BC brasileiro possa aumentar as rolagens de swap cambial --que equivalem a venda futura de dólares-- para evitar impactos inflacionários provocados pelo encarecimento de importados.

Até agora, o BC continuou vendendo a oferta de até 6 mil contratos para a rolagem do lote que vence em 1º de outubro. Ao todo, o BC já rolou cerca de 44 por cento do lote total, que corresponde a 6,677 bilhões de dólares.

O BC também manteve nesta manhã a venda integral de até 4 mil swaps pelas atuações diárias. Foram vendidos 2,6 mil contratos para 1º de junho e 1,4 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 198,0 milhões de dólares.

Expectativas de que o aperto monetário nos EUA se dê em ritmo mais acelerado do que se estimava também vinham impulsionando o dólar nos últimos dias.

Nesta sessão, contudo, o quadro externo de incertezas era compensado pela decisão da Escócia, que "está aliviando um pouco a pressão que a gente viu recentemente", afirmou o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.

A Escócia rejeitou a proposta de independência que ameaçava cindir o Reino Unido, o que poderia semear turbulência nos mercados financeiros e diminuir a influência mundial que o país ainda tem.

O alívio alimentava o apetite por risco dos investidores e mantinha o dólar em leve baixa contra moedas emergentes, como o peso mexicano.

Atualizado às 12h37

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