Economia

Dólar abre 1º pregão do ano em alta após subir quase 17% em 2018

Às 10:18, o dólar avançava 0,13%, a 3,8800 reais na venda, de olho em mercado externo e novo governo

Notas de real e de dólar (Ricardo Moraes/Reuters)

Notas de real e de dólar (Ricardo Moraes/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 10h42.

Última atualização em 2 de janeiro de 2019 às 10h51.

São Paulo - O dólar operava com leves oscilações ante o real no primeiro pregão de 2019, monitorando a trajetória da moeda no mercado internacional após dados mais fracos da China reforçarem os temores de desaceleração global, e de olho no noticiário doméstico após a posse do novo governo.

Às 10:18, o dólar avançava 0,13 por cento, a 3,8800 reais na venda, depois de terminar 2018 em alta de quase 17 por cento, a 3,8757 reais. O dólar futuro recuava cerca de 0,2 por cento.

"O mercado ainda está com pouca liquidez e aguardando as medidas de fato do novo governo para ajustar as contas", disse o gestor de derivativos de uma corretora local.

Segundo ele, alguns investidores também estão devolvendo posições defensivas montadas em dezembro.

O presidente Jair Bolsonaro tomou posse na véspera e, ao longo desta quarta-feira, haverá a transmissão de cargos para os novos ministros, entre eles Paulo Guedes, novo ministro da Economia.

"A grande expectativa é pelo discurso de Paulo Guedes, que deve falar sobre reforma e prosperidade", destacou a Critéria Investimentos em relatório. "A nova equipe econômica tem reforçado a interlocutores que não fará a divulgação de qualquer pacote, preferindo adotar um processo contínuo de desregulamentação, simplificação e de redução dos tributos."

No mercado internacional, o dólar exibia leve alta ante a cesta de moedas e subia ante as divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno, em dia de renovadas preocupações com o crescimento global após dados mais fracos sobre a economia chinesa.

A atividade industrial da China contraiu pela primeira vez em 19 meses em dezembro uma vez que as encomendas de exportação e domésticas continuaram a enfraquecer, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.

A leitura acompanha a pesquisa oficial divulgada na segunda-feira que mostrou crescentes apertos no setor industrial da China, importante fonte de empregos, e reforça a visão de que a economia está perdendo mais força.

Também na Europa a indústria expandiu apenas ligeiramente em dezembro, reforçando a percepção de desaceleração econômica global.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 13,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de fevereiro, no total de 13,398 bilhões de dólares.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioChinaDólareconomia-brasileiraGoverno BolsonaroIndústriaJair Bolsonaro

Mais de Economia

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame