Big Mac brasileiro é o 22º mais caro do planeta. Ou, para os otimistas, o 37º mais barato (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2015 às 09h14.
Londres - O real cada vez mais fraco já começa a tornar o Brasil mais barato para os estrangeiros. Se o Índice Big Mac - indicador que compara o poder de compra das moedas - for atualizado com a recente disparada do dólar, o preço do sanduíche no Brasil cai dez posições no ranking dos mais caros do mundo.
A conta mostra ainda que, desde julho, o preço em dólar do sanduíche vendido no Brasil está menor que o praticado nos EUA. Isso não acontecia desde 2007.
A recente queda do real já está evidente na pesquisa do Índice Big Mac, indicador criado pela revista The Economist para medir o poder de compra das moedas. A mais recente pesquisa, divulgada no mês passado, mostrava o sanduíche do Brasil com preço médio equivalente a US$ 4,28. Esse era o 12º valor mais alto do mundo e ficava atrás da Itália (onde o Big Mac custava US$ 4,38) e à frente do vizinho Uruguai (US$ 4,13).
Com a disparada do dólar, a situação mudou. O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, atualizou esse levantamento com o dólar a R$ 3,50 - cotação alcançada esta semana. Esse novo patamar fez o preço do sanduíche cair para US$ 3,86 no Brasil. Com isso, o país recuaria dez posições no ranking, ao ser ultrapassado por economias como Bélgica, Costa Rica, Espanha,
Alemanha, Austrália e Turquia. Agora, o Big Mac brasileiro é o 22º mais caro do planeta. Ou, para os otimistas, o 37º mais barato.
O índice Big Mac é uma maneira inusitada para tentar avaliar quando uma moeda está sobrevalorizada ou subvalorizada em relação a outra. Para estudar o poder de compra do dinheiro, a Economist decidiu comparar na década de 80 o preço convertido em dólares de um produto que fosse idêntico em todos os países.
O levantamento mostra que, em julho, o preço médio do Big Mac nos EUA era de US$ 4,79. No Brasil, o valor convertido era 10,6% menor. Ou seja, o sanduíche brasileiro estava mais barato que nos EUA. Com o dólar a R$ 3,50, a diferença fica ainda maior e o preço nacional já está 19,5% menor que o verificado em Miami ou Nova York.