A dívida pública interna brasileira cresceu 2,47% em agosto - o equivalente a  26 bilhões de reais - totalizando 1,039 trilhão de reais, informou nesta quarta-feira (13/9) o Tesouro Nacional. O aumento foi devido à emissão de títulos públicos - que superou os resgates - e à  incidência de juros sobre o montante total da dívida.

A emissão de títulos públicos contribuiu para o crescimento do saldo devedor do país em 12,2 bilhões de reais, enquanto os juros representaram aumento de 13,8 bilhões na dívida interna. No mês passado, foram emitidos 36,8 bilhões de reais em títulos públicos, sendo que grande parte - 16,9 bilhões de reais - eram prefixados.

Com isso, a participação desses títulos na composição da dívida pública subiu de 30,36% para 31,49%, somando 327,23 bilhões de reais. Em contrapartida, a contribuição dos títulos atrelados à Selic caiu de 43,18% para 42,50%, totalizando 441,55 bilhões de reais. O percentual da dívida em títulos indexados a  índices de preços também recuou, passando de 21,91% para 21,56%, o correspondente a 224,06 bilhões de reais.

Prazos

O prazo médio das emissões subiu de 28,5 meses em julho para 38,5 meses em agosto. De acordo com o Tesouro Nacional, o aumento deve-se à maior participação dos títulos atrelados a índices de preços nas novas emissões, que passou de 3,2% para 17,7%. Como esses títulos possuem prazos mais longos, impactam no cálculo do prazo médio. Já o prazo médio dos títulos em estoque diminuiu de 30 meses em julho para 29,8 meses em agosto.

Apesar de a parcela de títulos em poder do público a vencer nos próximos 12 meses ter caído de 41,20% em julho para 39,19% em agosto, esses papéis continuam sendo maioria na composição da dívida.