Economia

Dívida mobiliária interna atinge R$ 2,100 trilhões

Segundo dados do Tesouro Nacional, a dívida pública mobiliária federal interna subiu 2,40%, atingindo 2,100 trilhões de reais


	Real: estoque total da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 2,49% em novembro
 (Arquivo/Agência Brasil)

Real: estoque total da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 2,49% em novembro (Arquivo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 14h30.

Brasília - A dívida pública mobiliária federal interna subiu 2,40 por cento em novembro frente a outubro, atingindo 2,100 trilhões de reais, com o país registrando a primeira emissão líquida de títulos desde junho passado.

De acordo com dados apresentados pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira, o estoque total da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 2,49 por cento em novembro, para 2,209 trilhões de reais, dentro da banda estimada pelo governo entre 2,170 trilhões e 2,320 trilhões de reais para o ano.

Em novembro, a emissão líquida de títulos federais ficou em 29,651 bilhões de reais, ante resgate líquido de 48,689 bilhões de reais em outubro. A última vez que o país havia registrado emissão líquida foi em junho (64,246 bilhões de reais).

"Entre julho e outubro, ocorreram vencimentos elevados de títulos. A estratégia do Tesouro considera essa sazonalidade de vencimentos, não há fatores de mercado influenciado essas operações... Em novembro e dezembro ocorrem vencimentos de títulos em volumes baixos", afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida do Tesouro, Fernando Garrido.

Segundo o Tesouro, os títulos prefixados representaram, em novembro, 40,84 por cento do total da dívida, frente a 40,16 por cento no mês anterior e ficando dentro da meta do governo para o ano (entre 40 e 44 por cento).

Os papéis corrigidos pela inflação representaram 35,38 por cento da dívida em novembro, ante 36,04 por cento em outubro. Para o fim do ano a meta é que fiquem entre 33 e 37 por cento.

Já os títulos corrigidos pela Selic corresponderam a 18,92 por cento do total do passivo, ante 19,04 por cento em outubro, voltando a ficar abaixo do teto de meta do ano, de 19 por cento.

Ainda segundo o Tesouro, os investidores estrangeiros reduziram suas aplicações em títulos da dívida mobiliária interna a 20,07 por cento do total do estoque no mês posterior à eleição que deu vitória à presidente Dilma Rousseff. Em outubro, essa participação havia sido de 20,38 por cento.

A futura equipe econômica - encabeçada pelos ministros indicados Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini - defende a redução das transferências do Tesouro para os bancos públicos a fim de não pressionar a dívida bruta brasileira.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralDívida públicaGovernoMercado financeiroTesouro Nacional

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto