Economia

Dívida grega não é viável sem mais ajuda da UE, diz FMI

"Há uma diferença em relação as nossas projeções preliminares de 2015-2016" de mais de "9,5 bilhões de euros", disse Poul Thomsen, chefe da missão do FMI para a Grécia


	Poul Thomsen, chefe da missão do FMI para a Grécia: FMI tem pressionado a Europa para fazer mais para resolver a crise da dívida grega
 (AFP/ Louisa Gouliamaki)

Poul Thomsen, chefe da missão do FMI para a Grécia: FMI tem pressionado a Europa para fazer mais para resolver a crise da dívida grega (AFP/ Louisa Gouliamaki)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 19h43.

Atenas - A Grécia precisará de ajuda adicional de seus parceiros europeus para controlar sua enorme dívida em 2016, disse um membro sênior do FMI nesta sexta-feira.

"Há uma diferença em relação as nossas projeções preliminares de 2015-2016" de mais de "9,5 bilhões de euros", disse Poul Thomsen, chefe da missão do FMI para a Grécia, em uma conferência telefônica.

"A política do FMI é que o programa precisa ser totalmente financiado por mais 12 meses. O que é importante é que os europeus saibam que há uma lacuna que terão que preencher", disse ele.

O FMI tem pressionado a Europa para fazer mais para resolver a crise da dívida grega, depois que o Fundo ampliou seu resgate à Grécia para quatro anos, ao invés dos três, e reduziu os juros que recaem sobre ele.

Apesar dos dois resgates envolvendo a UE, o Banco Central Europeu (BCE) e o FMI, e o corte da dívida do setor privado, a Grécia está prestes a entre no seu sexto ano em 2013, aumentando seu enorme débito a 190% da produção de 2014.

Na quarta-feira o Fundo desbloqueou uma parcela de 3,2 bilhões de euros de seu pacote de ajuda.

Contudo, Thomsen insistiu nesta sexta-feira: "nós só fomos em frente porque temos garantias dos europeus que eles irão fornecer o dinheiro" para as necessidades futuras da Grécia, porque o país pode voltar aos mercados para pedir financiamento.

Ele afirmou que o FMI não acreditou que era "realista" que a Grécia voltaria ao mercado de empréstimos antes do fim de 2014.

"Houve uma necessidade de mais dinheiro do setor oficial e há um compromisso para oferecer isso. O Eurogrupo disse que 'fará isso se não houver retorno aos mercados", disse Thomsen.

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