Economia

Dívida externa estimada é de US$ 346,033 bi em agosto

A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 287,128 bilhões em agosto, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 58,905 bilhões no fim do mês passado


	Banco Central: a dívida externa de longo prazo atingiu US$ 287,128 bilhões em agosto, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 58,905 bilhões no fim do mês passado
 (Karen Bleier/AFP)

Banco Central: a dívida externa de longo prazo atingiu US$ 287,128 bilhões em agosto, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 58,905 bilhões no fim do mês passado (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 12h29.

Brasília - A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em agosto é de US$ 346,033 bilhões ante US$ 343,221 de julho. Segundo a instituição, em junho de 2015, último dado verificado, a dívida somava US$ 349,225 bilhões.

Em dezembro de 2014, a dívida estava em US$ 352,684 bilhões e, no fim de 2013, a dívida era de US$ 312,517 bilhões.

A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 287,128 bilhões em agosto, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 58,905 bilhões no fim do mês passado, segundo as estimativas do BC.

De acordo com a instituição, merecem destaques na dívida externa de longo prazo os empréstimos líquidos tomados pelo setor financeiro, de US$ 2,4 bilhões, a amortização de títulos do governo, de US$ 1,3 bilhão e as reduções com as variações por paridades e preços, de US$ 1,4 bilhão e US$ 1,5 bilhão, respectivamente. Já a explicação na variação no caso da de curto prazo é a amortização de empréstimos tomados pelo setor não financeiro, de US$ 839 milhões.

Intervenções cambiais

O Banco Central diminuiu nesta terça-feira a expectativa para suas intervenções cambiais em 2015 no quadro que traz a variação de reservas internacionais.

De acordo com a instituição, de janeiro a agosto, elas somaram US$ 8,1 bilhões e a expectativa é a de que nos últimos quatro meses do ano atinjam mais US$ 900 milhões, o que levaria o saldo do ano para US$ 9 bilhões.

Até a nota do setor externo passada, a projeção do BC para suas próprias atuações era de US$ 10,5 bilhões em 2015, com US$ 8 bilhões realizados de janeiro a julho e expectativa de mais US$ 2,5 bilhões no restante do ano.

Em 2014, esse volume somou US$ 6,486 bilhões.

A estimativa do BC é a de que a atuação seja feita de forma integral por meio de linhas de recompra, já que nas rubricas "a termo", "spot" e "empréstimos em moeda estrangeira" não há qualquer número na nota divulgada há pouco. Já a "posição das reservas no período anterior" está em US$ 363,551 bilhões de janeiro a agosto, montante que também está previsto para o resultado do ano.

Para o período de setembro a dezembro, porém, o BC traz a previsão de US$ 368,159 bilhões.

Pelo conceito caixa, de acordo com o BC, as reservas internacionais devem passar de US$ 368,159 bilhões até agosto para US$ 369,876 bilhões ao final do ano.

Pelo conceito de liquidez, os números apresentados pela instituição são de, respectivamente, US$ 370,559 bilhões e US$ 371,376 bilhões. Neste último conceito está incluso o estoque de linhas com recompra e de empréstimos em moeda estrangeira.

Fundos de investimento

Diante da piora das condições econômicas e políticas no Brasil, os fundos de investimento desaceleraram investimentos no Brasil.

Segundo dados divulgados pelo Banco Central, eles apresentaram um depósito líquido de US$ 181 milhões em agosto, número 70,99% menor que os US$ 624 milhões registrados em julho e 14,62% inferior aos US$ 212 milhões observados em agosto do ano passado.

A movimentação, em parte, pode ter sido uma antecipação à decisão da agência de classificação de riscos Standard & Poor's de rebaixar a nota soberana do Brasil, no último dia 9 de setembro.

Quando o BC divulgar os dados de setembro, apenas no próximo mês, será possível medir o tamanho do impacto desse rebaixamento. A autoridade monetária já revisou, por exemplo, a expectativa que tinha para o Investimento Direto no País (IDP), que caiu de US$ 80 bilhões para US$ 65 bilhões.

Quando um país perde o selo de grau de investimento, os fundos ficam mais reticentes em enviar recursos para o local porque há regras específicas que impedem aplicações em países que não têm o título de bom pagador por pelo menos duas agências, o que ainda ocorre no País.

Há a expectativa no mercado de que outra agência também possa rebaixar o Brasil para grau especulativo. Nesta terça-feira, representantes da agência de classificação de risco Fitch Ratings estão em Brasília para uma série de encontros no Ministério da Fazenda.

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