Economia

Disney de Banksy anima economia de pequena cidade britânica

Parque de diversões subversivo de Bansky atraiu pessoas do mundo inteiro e agitou a economia da pequena Weston-super-Mare

Instalação Dismaland do Banksy (Reuters/ Toby Melville)

Instalação Dismaland do Banksy (Reuters/ Toby Melville)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 14h14.

São Paulo - Acabou neste domingo a temporada de 5 semanas do parque de diversões subversivo Dismaland, do artista britânico Banksy.

E a Disney irônica, instalada em uma área abandonada à beira-mar e descrita como "anarquismo para iniciantes", ajudou a economia da sua cidade-sede.

O impacto em Weston-super-Mare. localizada no sudoeste da Inglaterra e com 76 mil habitantes, foi de 20 milhões de libras (R$ 120 milhões), segundo a Visit Somerset, agência local de eventos.

É três vezes mais do que eles haviam estimado inicialmente, resultado de 150 mil visitantes recebidos, muitos deles de fora do país e que chegavam a esperar na chuva por horas para entrar no parque.

"Este foi um fenômeno global de grande importância para a região, já que vimos uma alta internacional no que é predominantemente um mercado doméstico sólido e confiável", diz John Turner, presidente-executivo da organização.

A entrada custava 3 libras, cerca de 18 reais, mas o impacto veio principalmente na forma de gastos em hotéis, restaurantes e transporte, como estacionamento e viagens de trem.

A operadora da ferrovia entre Londres e Weston-super-Mare registrou aumento de 50% na demanda, e tudo isso em um período geralmente fraco para a economia local.

"Relatórios que eu recebi, junto com meus números, mostram um aumento de 50% nas estadias de visitantes em comparação com ano passado. Setembro geralmente tem queda nos registros já que o outono se aproxima e as crianças voltam para a escola", diz Keith Fearn, presidente da Weston Hotel & Restaurant Association.

A cidade contribuiu para o sucesso ao garantir o sigilo da empreitada até sua inauguração, o que é central para Banksy, artista consagrado sobre quem pouco se sabe até hoje, a começar pela sua identidade.

"Estivemos trabalhando lado a lado com os organizadores durante muitos meses. Por razões óbvias devíamos ser cautelosos sobre a informação que gerávamos. De fato, só quatro pessoas na prefeitura sabiam o que estava sendo feito", afirmou Nigel Ashton, responsável pela autoridade municipal de North Somerset, para a agência EFE.

O material do parque será desmontado e enviado a Calais, na França, para servir de abrigo para refugiados, um dos temas recorrentes da exposição.

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