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Diretor do BC reafirma perspectiva de corte adicional da Selic em maio

Em seus apontamentos, Tiago Couto Berriel também reafirmou que o Brasil está se recuperando de forma consistente

Banco Central: diretor de Assuntos Internacionais do BC reafirmou a perspectiva de que o Copom promova um corte adicional da Selic em seu próximo encontro, em maio (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de abril de 2018 às 14h12.

O diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central , Tiago Couto Berriel, reafirmou nesta quarta-feira, 18, durante evento em Washington, nos Estados Unidos, a perspectiva de que o Comitê de Política Monetária ( Copom ) promova um corte adicional da Selic em seu próximo encontro, em maio.

"O comitê entende que uma flexibilização monetária adicional é apropriada e julga que um estímulo adicional mitiga o risco de convergência tardia da inflação às metas", afirmou, em referência à reunião do próximo mês do colegiado.

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Em relação aos encontros seguintes, Berriel afirmou que "o comitê considera apropriado interromper o processo de flexibilização monetária em curso, para avaliar os próximos passos, à luz do horizonte relevante para a política monetária".

Berriel retomou ainda uma ideia presente nas comunicações mais recentes do BC, inclusive nas declarações do presidente da instituição, Ilan Goldfajn: a de que o Copom entende que a política monetária deve balancear duas dimensões.

Segundo ele, a primeira dimensão diz respeito à garantia de que a inflação convirja para meta em ritmo adequado. Já a segunda está ligada à garantia de que o ambiente de baixa inflação perdure, mesmo em caso de choques adversos. "O comitê reafirma que a política monetária tem flexibilidade para reagir a riscos em ambas as direções", acrescentou Berriel.

Em seus apontamentos, Berriel também reafirmou que o Brasil está se recuperando de forma consistente. Para ele, o crescimento sustentável irá exigir uma recuperação dos investimentos e a implementação das reformas, em especial as da área fiscal.

Em outro ponto de sua fala, Berriel reafirmou que o Brasil é, atualmente, menos vulnerável a choques externos. Além disso, ele destacou iniciativas do BC que estão em andamento, como o projeto de autonomia da instituição, em discussão no governo e no Congresso.

A íntegra dos apontamentos de Berriel, que está em Washington para participar das Reuniões da Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, está disponível aqui

 

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