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Diretor da Unica defende retomada da Cide para gasolina

Segundo Antonio de Padua, contribuição pode ser um instrumento para estimular investimentos de longo prazo na indústria de etanol

Bomba de gasolina: governo reduziu a Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) até zerar a taxa, para compensar reajustes feitos em 2011 e 2012 (AFP)
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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 13h02.

São Paulo - A retomada da cobrança de Cide para a gasolina pode ser um instrumento para estimular investimentos de longo prazo na indústria de etanol, sendo mais eficiente do que as medidas de apoio anunciadas na terça-feira pelo governo, disse nesta quarta o diretor técnico da associação que reúne a indústria da cana-de-açúcar.

Segundo Antonio de Padua as medidas reveladas pelo governo na véspera são insuficientes para estimular os investimentos em expansão, porque não são capazes de gerar previsibilidade no longo prazo para a indústria de bens de capital.

"As decisões anunciadas ontem são para o curto prazo, mas tem outras coisas... A conversa continua (com o governo)... Uma das alternativas é a retomada da Cide como instrumento factível para estimular os investimentos", disse o diretor técnico da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) no intervalo de um evento em São Paulo.

O governo reduziu a Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina até zerar a taxa, para compensar reajustes na gasolina feitos em 2011 e 2012.

Padua estimou que se a Cide fosse retomada traria mais competitividade para o etanol hidratado, que compete com a gasolina, mas reconheceu que tal medida só poderá ocorrer no prazo mais longo, dadas as preocupações do governo com a inflação e o preço dos combustíveis.

"Não se descarta esta medida (retomar a Cide) para a gasolina, mas é no prazo mais longo", disse.

Em cálculo rápido feito no intervalo de evento promovido pela Guarani, empresa de açúcar e álcool do grupo francês Tereos, Padua estimou que se a Cide fosse restabelecida ao valor de 28 centavos por litro de gasolina --marca atingida antes de ser zerada em 2008—- haveria um aumento de 17 centavos por litro no preço do combustível fóssil.

"Isso é quanto aumentaria a gasolina C. Isso traria competitividade para o etanol hidratado na bomba", acrescentou. O cálculo já considera o percentual de mistura de 25 por cento de etanol anidro na gasolina, que passa a valer em maio.

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São Paulo - A retomada da cobrança de Cide para a gasolina pode ser um instrumento para estimular investimentos de longo prazo na indústria de etanol, sendo mais eficiente do que as medidas de apoio anunciadas na terça-feira pelo governo, disse nesta quarta o diretor técnico da associação que reúne a indústria da cana-de-açúcar.

Segundo Antonio de Padua as medidas reveladas pelo governo na véspera são insuficientes para estimular os investimentos em expansão, porque não são capazes de gerar previsibilidade no longo prazo para a indústria de bens de capital.

"As decisões anunciadas ontem são para o curto prazo, mas tem outras coisas... A conversa continua (com o governo)... Uma das alternativas é a retomada da Cide como instrumento factível para estimular os investimentos", disse o diretor técnico da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) no intervalo de um evento em São Paulo.

O governo reduziu a Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina até zerar a taxa, para compensar reajustes na gasolina feitos em 2011 e 2012.

Padua estimou que se a Cide fosse retomada traria mais competitividade para o etanol hidratado, que compete com a gasolina, mas reconheceu que tal medida só poderá ocorrer no prazo mais longo, dadas as preocupações do governo com a inflação e o preço dos combustíveis.

"Não se descarta esta medida (retomar a Cide) para a gasolina, mas é no prazo mais longo", disse.

Em cálculo rápido feito no intervalo de evento promovido pela Guarani, empresa de açúcar e álcool do grupo francês Tereos, Padua estimou que se a Cide fosse restabelecida ao valor de 28 centavos por litro de gasolina --marca atingida antes de ser zerada em 2008—- haveria um aumento de 17 centavos por litro no preço do combustível fóssil.

"Isso é quanto aumentaria a gasolina C. Isso traria competitividade para o etanol hidratado na bomba", acrescentou. O cálculo já considera o percentual de mistura de 25 por cento de etanol anidro na gasolina, que passa a valer em maio.

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