Economia

Dilma promete proteger economia brasileira contra "ataques" estrangeiros

"Na atual crise internacional nossa principal arma é ampliar e defender nosso mercado interno", disse a presidente em pronunciamento

Dilma: "Meu querido, a transposição não está parada! Você vai me desculpar, mas não está parada" (EXAME)

Dilma: "Meu querido, a transposição não está parada! Você vai me desculpar, mas não está parada" (EXAME)

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Da Redação

Publicado em 7 de setembro de 2011 às 11h31.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff prometeu nesta terça-feira tomar medidas contra os produtos estrangeiros que "atacam" a economia nacional com táticas desleais, em discurso nesta terça-feira.

"Na atual crise internacional nossa principal arma é ampliar e defender nosso mercado interno, que já é um dos mais vigorosos do mundo, por isso quero deixar claro que meu Governo não vai permitir ataques a nossas indústrias e a nossos empregos", afirmou a presidente. Dilma especificou que não vai permitir que "os artigos estrangeiros concorram de forma desleal com os produtos de fabricação brasileira".

O pronunciamento da chefe de Estado foi realizado horas depois que o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior decretasse medidas contra o comércio desleal a dois produtos, o sal procedente do Chile e os canos de aço originais da China que são usados em oleodutos e gasodutos.

Atualmente, o Brasil aplica medidas para encarecer ou limitar a importação de 81 produtos que considera que infringem os princípios de livre concorrência.

A presidente assegurou que a crise econômica internacional "não ameaça fortemente" ao Brasil, já que o país "mudou para melhor".

"Apesar de ter a mesma raiz, a crise atual é mais complexa que aquela de 2008, da qual saímos muito bem. Os países ricos se preparam para um longo período de estagnação ou até de recessão", analisou Dilma.

A presidente assegurou que a estabilidade econômica do Brasil "está garantida" por suas reservas de divisas, o crescimento do crédito, os bons dados de emprego e renda e porque "a inflação está sob controle".

No entanto, reconheceu que a situação do país sul-americano está "muito abaixo" de suas possibilidades e necessidades e especificou que o Brasil deve avançar não só no consumo de bens, mas também "na melhoria da qualidade e o acesso aos serviços públicos".

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