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Dilma pode acelerar privatização se reeleita, diz Roubini

Para o Dr. Apocalipse, eleições nos emergentes podem trazer mudanças importantes até mesmo no caso de um novo mandato da presidente Dilma

Nouriel Roubini dando entrevista na Itália: ele mudou o tom com os emergentes (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

Publicado em 7 de março de 2014 às 12h53.

São Paulo - Em artigo publicado no EconoMonitor essa semana, o economista Nouriel Roubini tratou do risco político nos países emergentes com um tom diferente do que de costume.

Para o "Dr. Apocalipse", o fato de que todos os "5 frágeis" (ou BIITS) terão eleições este ano não é necessariamente negativo.

Roubini nota que as turbulências políticas em lugares como Brasil e Turquia partem não dos mais pobres e sim de uma classe média pressionada pela inflação, corrupção e péssimos serviços públicos e que hoje se expressa mais e melhor.

Estes fenômenos devem levar a uma "direção correta" na economia e a governos mais moderados, não menos.

No Brasil, até uma possível reeleição da presidente Dilma pode não significar mais do mesmo:

"Uma mudança de governo é improvável na Árica do Sul , Turquia e Brasil. Mas os governantes atuais, se reeleitos, podem mudar políticas. (...) Dilma Rousseff pode abraçar políticas macroeconômicas mais estáveis e acelerar reformas estruturais, incluindo privatizações."

No caso dos países mais frágeis que não terão eleições por enquanto, como Argentina e Venezuela, o diagnóstico é que a situação econômica e política é tão caótica que a situação só pode melhorar.

Apesar da ameaça constante do nacionalismo, o maior risco para os países emergentes é de outra natureza:

"O aumento da desigualdade pode levar eventualmente para uma reação política e social contra o liberalismo e a globalização . É por isso que o crescimento econômico nos emergentes precisa ser coeso (...) O governo tem um papel chave em prover uma rede de proteção social, manter serviços de qualidade, investir em educação , saúde, treinamento (...) e garantir igualdade de oportunidades para todos", conclui Roubini.

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São Paulo - Em artigo publicado no EconoMonitor essa semana, o economista Nouriel Roubini tratou do risco político nos países emergentes com um tom diferente do que de costume.

Para o "Dr. Apocalipse", o fato de que todos os "5 frágeis" (ou BIITS) terão eleições este ano não é necessariamente negativo.

Roubini nota que as turbulências políticas em lugares como Brasil e Turquia partem não dos mais pobres e sim de uma classe média pressionada pela inflação, corrupção e péssimos serviços públicos e que hoje se expressa mais e melhor.

Estes fenômenos devem levar a uma "direção correta" na economia e a governos mais moderados, não menos.

No Brasil, até uma possível reeleição da presidente Dilma pode não significar mais do mesmo:

"Uma mudança de governo é improvável na Árica do Sul , Turquia e Brasil. Mas os governantes atuais, se reeleitos, podem mudar políticas. (...) Dilma Rousseff pode abraçar políticas macroeconômicas mais estáveis e acelerar reformas estruturais, incluindo privatizações."

No caso dos países mais frágeis que não terão eleições por enquanto, como Argentina e Venezuela, o diagnóstico é que a situação econômica e política é tão caótica que a situação só pode melhorar.

Apesar da ameaça constante do nacionalismo, o maior risco para os países emergentes é de outra natureza:

"O aumento da desigualdade pode levar eventualmente para uma reação política e social contra o liberalismo e a globalização . É por isso que o crescimento econômico nos emergentes precisa ser coeso (...) O governo tem um papel chave em prover uma rede de proteção social, manter serviços de qualidade, investir em educação , saúde, treinamento (...) e garantir igualdade de oportunidades para todos", conclui Roubini.

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