Economia

Dilma cobra da China mais importação de manufaturados

A presidente reiterou a urgência na conclusão da compra de 60 jatos da Embraer

Dilma durante encontro com Li Yuanchao, Vice-Presidente da República Popular da China (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma durante encontro com Li Yuanchao, Vice-Presidente da República Popular da China (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2015 às 08h22.

Brasília - A conversa de cerca de uma hora entre a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente da China, Li Yuanchao, na manhã de ontem (2), foi concentrada na solução de problemas comerciais.

Dilma cobrou a promessa, ainda não cumprida, de que a China comprará mais produtos manufaturados brasileiros, reiterou a urgência na conclusão da compra de 60 jatos da Embraer e fez gestões para abrir caminho à venda de milho transgênico brasileiro.

A venda de 60 jatos da Embraer para duas companhias aéreas chinesas foi um dos temas centrais. Acertada em julho, durante a visita do presidente Xi Jinping, a compra ainda não foi liberada pelo governo chinês. Dilma pediu pressa, já que esse foi um dos mais de 30 acordos celebrados na época, após um ano de intensas negociações.

Os acordos, envolvendo 40 aviões para a companhia aérea Tianjin Airlines e mais 20 aeronaves para o Banco Industrial e Comercial da China estão ainda parados na burocracia chinesa.

Normalmente, a autorização de importação envolve de duas a três diferentes agências governamentais, o que já dificulta o processo. Mas, como o governo chinês é sócio das empresas importadoras, poderia apressar a autorização.

A própria Embraer teria reclamado ao governo brasileiro da lentidão, o que levou a presidente a tratar do tema com Yuanchao. Cada uma das aeronaves tem valor de tabela entre R$ 47 milhões e R$ 55 milhões, o que levaria o potencial da venda à casa dos bilhões de reais.

A conversa envolveu também a promessa de aumentar as compras de produtos manufaturados brasileiros. A China é o segundo maior parceiro econômico do Brasil.

Em 2013, o Brasil teve um superávit de US$ 547,4 milhões nessa relação, mas no ano passado, até novembro, registrou déficit de US$ 1,3 bilhão.

A redução do ritmo de crescimento do País atenuou o apetite dos chineses por matérias-primas, principais itens de importação do Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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