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Dilma apoia plano da Bolívia de se tornar centro energético

Dilma afirmou ainda que o Brasil apoia de forma "firme" e "determinada" a adesão da Bolívia ao Mercosul

Dilma Rousseff aperta a mão de Evo Morales: segundo ela, o Brasil apoia de forma "firme" e "determinada" a adesão da Bolívia ao Mercosul (Antônio Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 12h43.

Brasília - Ao lado do presidente da Bolívia, Evo Morales , a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, 2, que o Brasil apoia o objetivo do país vizinho de se transformar em centro energético internacional.

"Evo e eu repassamos os principais temas da agenda bilateral", disse a presidente, destacando a importância da integração energética. "O Brasil estimula e apoia o objetivo anunciado pelo presidente Evo de transformar a Bolívia em centro energético internacional".

No esforço de tentar ampliar as relações comerciais do Brasil, a presidente recebeu ontem o presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, e anunciou que os dois discutiram uma forma de agilizar o acordo bilateral entre o Mercosul e a União Europeia.

Ao lado do líder da Bolívia, Dilma afirmou ainda que o Brasil apoia de forma "firme" e "determinada" a adesão da Bolívia ao Mercosul e disse que ela aprofunda a integração sul-americana.

"(A adesão) confirma a atratividade do bloco, aumenta a atratividade do bloco, fortalece o propósito de eliminar barreiras comerciais", afirmou.

Ao destacar a importância energética da Bolívia para o Brasil, Dilma disse que o vizinho é "fundamental" e "estratégico", mas ponderou que é preciso ampliar o comércio entre os dois países.

"Somos o primeiro destino das exportações bolivianas e o segundo maior fornecedor de produtos para o país", declarou. "É necessário, porém, aumentar e diversificar as nossas trocas para voltar a superar o patamar de US$ 5 bilhões de intercâmbio comercial."

Dilma citou que hoje a Bolívia contribui com cerca de 30% da oferta de gás natural e afirmou que, mediante novos investimentos, o vizinho deve ampliar seu potencial de produção e exportação e os dois países ainda podem ampliar parcerias.

"Estabelecemos em 2015 o Comitê Binacional sobre energia para trabalharmos na identificação e desenvolvimento de novas oportunidades, como, por exemplo, o aproveitamento hidrelétrico conjunto do Rio Madeira", afirmou.

Segundo a presidente, há interesse do Brasil em avançar em projetos de infraestrutura que facilitem os fluxos entre os países, na América do Sul e nos mercados extrarregionais.

"Abordamos e definimos o estudo e avaliação econômico-financeira do projeto do corredor ferroviário bioceânico central, projeto complementar a ferrovia transcontinental", citou a presidente.

Dilma disse ainda que, na conversa, os dois presidentes fizeram uma análise da conjuntura econômica internacional e seu impacto em países como Brasil e Bolívia e abordaram a necessidade de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor dos vírus da dengue, chikungunya e do zika.

Em seu discurso, Morales citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao agradecer o apoio do Brasil para a economia da Bolívia. Em seguida, Dilma ofereceu a Morales um almoço no Palácio Itamaraty, com o tradicional brinde entre chefes de Estado. No discurso do brinde, Dilma aproveitou para convidar o colega para visitar o Brasil durante os Jogos Olímpicos.

Balança

Em 2015, as exportações brasileiras para a Bolívia caíram 8% (de US$ 1,6 bilhão para US$ 1,5 bilhão). Já as importações tiveram queda de 34,3% (de US$ 3,8 bilhões para US$ 2,5 bilhões) em relação a 2014. O Brasil é o principal destino das exportações bolivianas, devido à venda do gás natural.

Em 2015, os cinco principais mercados de destino das exportações bolivianas foram Brasil (28%), Argentina (17%), EUA (12%), Colômbia (7%) e China (5%), correspondendo a aproximadamente 70% das exportações globais da Bolívia.

Já as exportações brasileiras para a Bolívia são compostas basicamente de manufaturados (96,4% em 2015), com destaque para barras de ferro, betume de petróleo, condutores para uso elétrico, tratores, locomotivas, móveis de madeira, arroz, calçados e fungicidas.

Visita inédita

Essa é a primeira visita oficial do líder andino ao Brasil desde que a governante chegou ao poder, há pouco mais de cinco anos.

Dilma assumiu a Presidência em janeiro de 2011 e desde então teve vários encontros com Evo Morales à margem de cúpulas ou em outros foros.

Os dois também estiveram nas respectivas cerimônias de posse, mas até agora ainda não haviam tido uma reunião oficial de trabalho bilateral como a de hoje.

Mais tarde, as 15 horas, Dilma participa da sessão solene destinada a inaugurar a 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 55ª Legislatura do Congresso Nacional, no Plenário da Câmara dos Deputados.

Esta é a primeira vez que Dilma irá pessoalmente ao Congresso para entregar a mensagem presidencial, desde que assumiu o Palácio do Planalto, em 2011.

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Brasília - Ao lado do presidente da Bolívia, Evo Morales , a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, 2, que o Brasil apoia o objetivo do país vizinho de se transformar em centro energético internacional.

"Evo e eu repassamos os principais temas da agenda bilateral", disse a presidente, destacando a importância da integração energética. "O Brasil estimula e apoia o objetivo anunciado pelo presidente Evo de transformar a Bolívia em centro energético internacional".

No esforço de tentar ampliar as relações comerciais do Brasil, a presidente recebeu ontem o presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, e anunciou que os dois discutiram uma forma de agilizar o acordo bilateral entre o Mercosul e a União Europeia.

Ao lado do líder da Bolívia, Dilma afirmou ainda que o Brasil apoia de forma "firme" e "determinada" a adesão da Bolívia ao Mercosul e disse que ela aprofunda a integração sul-americana.

"(A adesão) confirma a atratividade do bloco, aumenta a atratividade do bloco, fortalece o propósito de eliminar barreiras comerciais", afirmou.

Ao destacar a importância energética da Bolívia para o Brasil, Dilma disse que o vizinho é "fundamental" e "estratégico", mas ponderou que é preciso ampliar o comércio entre os dois países.

"Somos o primeiro destino das exportações bolivianas e o segundo maior fornecedor de produtos para o país", declarou. "É necessário, porém, aumentar e diversificar as nossas trocas para voltar a superar o patamar de US$ 5 bilhões de intercâmbio comercial."

Dilma citou que hoje a Bolívia contribui com cerca de 30% da oferta de gás natural e afirmou que, mediante novos investimentos, o vizinho deve ampliar seu potencial de produção e exportação e os dois países ainda podem ampliar parcerias.

"Estabelecemos em 2015 o Comitê Binacional sobre energia para trabalharmos na identificação e desenvolvimento de novas oportunidades, como, por exemplo, o aproveitamento hidrelétrico conjunto do Rio Madeira", afirmou.

Segundo a presidente, há interesse do Brasil em avançar em projetos de infraestrutura que facilitem os fluxos entre os países, na América do Sul e nos mercados extrarregionais.

"Abordamos e definimos o estudo e avaliação econômico-financeira do projeto do corredor ferroviário bioceânico central, projeto complementar a ferrovia transcontinental", citou a presidente.

Dilma disse ainda que, na conversa, os dois presidentes fizeram uma análise da conjuntura econômica internacional e seu impacto em países como Brasil e Bolívia e abordaram a necessidade de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor dos vírus da dengue, chikungunya e do zika.

Em seu discurso, Morales citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao agradecer o apoio do Brasil para a economia da Bolívia. Em seguida, Dilma ofereceu a Morales um almoço no Palácio Itamaraty, com o tradicional brinde entre chefes de Estado. No discurso do brinde, Dilma aproveitou para convidar o colega para visitar o Brasil durante os Jogos Olímpicos.

Balança

Em 2015, as exportações brasileiras para a Bolívia caíram 8% (de US$ 1,6 bilhão para US$ 1,5 bilhão). Já as importações tiveram queda de 34,3% (de US$ 3,8 bilhões para US$ 2,5 bilhões) em relação a 2014. O Brasil é o principal destino das exportações bolivianas, devido à venda do gás natural.

Em 2015, os cinco principais mercados de destino das exportações bolivianas foram Brasil (28%), Argentina (17%), EUA (12%), Colômbia (7%) e China (5%), correspondendo a aproximadamente 70% das exportações globais da Bolívia.

Já as exportações brasileiras para a Bolívia são compostas basicamente de manufaturados (96,4% em 2015), com destaque para barras de ferro, betume de petróleo, condutores para uso elétrico, tratores, locomotivas, móveis de madeira, arroz, calçados e fungicidas.

Visita inédita

Essa é a primeira visita oficial do líder andino ao Brasil desde que a governante chegou ao poder, há pouco mais de cinco anos.

Dilma assumiu a Presidência em janeiro de 2011 e desde então teve vários encontros com Evo Morales à margem de cúpulas ou em outros foros.

Os dois também estiveram nas respectivas cerimônias de posse, mas até agora ainda não haviam tido uma reunião oficial de trabalho bilateral como a de hoje.

Mais tarde, as 15 horas, Dilma participa da sessão solene destinada a inaugurar a 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 55ª Legislatura do Congresso Nacional, no Plenário da Câmara dos Deputados.

Esta é a primeira vez que Dilma irá pessoalmente ao Congresso para entregar a mensagem presidencial, desde que assumiu o Palácio do Planalto, em 2011.

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