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Dilma anuncia Minha Casa 2 em dia de 'agenda positiva'

A presidente Dilma Rousseff dedicou o dia a uma "agenda positiva" no Rio de Janeiro no dia em que Antonio Palocci virá a público para explicar patrimônio

Dilma "Vamos lá fora buscar empresas que queiram se instalar aqui. Vamos dizer para os empresários que vierem para o Brasil que eles terão a garantia da demanda" (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 20h05.

Rio - Enquanto o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, passou a sexta-feira sob tensão, no esforço de apresentar uma versão convincente para o rápido crescimento de seu patrimônio, a presidente Dilma Rousseff dedicou o dia a uma "agenda positiva" no Rio de Janeiro. Evitou falar de política e manteve a imprensa à distância.

Em Angra dos Reis, Dilma posou sorridente ao lado de operários durante a inauguração da plataforma P-56 da Petrobras e, em discurso, anunciou para meados deste mês o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida 2, que construirá "mais 2 milhões de moradias para a população brasileira". Também enalteceu o programa Brasil Sem Miséria, destinado a 16,2 milhões de pessoas que vivem em pobreza extrema e lançado na última quinta-feira.

No estaleiro Brasfels, em Angra, Dilma prestigiou o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, ex-prefeito da cidade e metalúrgico naval por 22 anos. Desde o início do governo o ministro teve a atuação ofuscada por Palocci, que centralizava as negociações com partidos e com parlamentares. Hoje, Luiz Sérgio recebeu elogios de Dilma. A presidente disse aos operários que o ministro é "trabalhador como vocês" e lembrou o período em que a indústria naval estava em crise.


"Naquela época, o mato crescia por entre as pedras e por entre o cimento. Não havia mais aquela força que tinha havido nos anos 80, com a presença de metalúrgicos, de trabalhadores da indústria naval aqui nos estaleiros do Rio de Janeiro", discursou Dilma, para quem a presença de Luiz Sérgio "é um símbolo" porque sinaliza que "no Brasil, os trabalhadores também podem ser ministros, como podem ser presidente, assim como uma mulher pode ser presidenta do Brasil."

Diante dos empregados do estaleiro, Dilma lembrou o antecessor, ao comentar a redução da pobreza. "Durante os oito anos do governo do presidente Lula, que eu tive a alegria de coordenar e a honra de suceder, nós tiramos 28 milhões de brasileiros da miséria. Mas ainda tem brasileiros na miséria", discursou.

Região serrana

No Rio, a presidente participou do anúncio do início das obras de contenção de encostas e de construção de pontes nos sete municípios atingidos pelos temporais de janeiro passado e assistiu à assinatura do "chamamento público" de empresas que vão construir 6.840 casas e apartamentos para as famílias que perderam as moradias.

Juntos, os governos federal, estadual e a iniciativa privada investirão R$ 678 milhões nestas ações (R$ 360 milhões da União e R$ 278 milhões do Estado e R$ 40 milhões doados por empresários da construção). A construção das casas começará somente em outubro e as unidades serão entregues entre fevereiro e dezembro de 2012.

Dilma procurou desfazer a impressão de lentidão e atraso nas obras. "As pessoas acham que as obras demoram a começar, mas, quando começam, nós já subimos e descemos duas vezes o Everest enfrentando a burocracia e buscando solução de problemas", afirmou.

A solenidade, no auditório do Palácio Guanabara, sede do governo estadual, foi restrita a convidados. A imprensa teve de acompanhar a cerimônia por um telão, em outro andar. Os discursos relembraram a tragédia que matou mais de 900 pessoas.

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Em Angra dos Reis, Dilma posou sorridente ao lado de operários durante a inauguração da plataforma P-56 da Petrobras e, em discurso, anunciou para meados deste mês o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida 2, que construirá "mais 2 milhões de moradias para a população brasileira". Também enalteceu o programa Brasil Sem Miséria, destinado a 16,2 milhões de pessoas que vivem em pobreza extrema e lançado na última quinta-feira.

No estaleiro Brasfels, em Angra, Dilma prestigiou o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, ex-prefeito da cidade e metalúrgico naval por 22 anos. Desde o início do governo o ministro teve a atuação ofuscada por Palocci, que centralizava as negociações com partidos e com parlamentares. Hoje, Luiz Sérgio recebeu elogios de Dilma. A presidente disse aos operários que o ministro é "trabalhador como vocês" e lembrou o período em que a indústria naval estava em crise.


"Naquela época, o mato crescia por entre as pedras e por entre o cimento. Não havia mais aquela força que tinha havido nos anos 80, com a presença de metalúrgicos, de trabalhadores da indústria naval aqui nos estaleiros do Rio de Janeiro", discursou Dilma, para quem a presença de Luiz Sérgio "é um símbolo" porque sinaliza que "no Brasil, os trabalhadores também podem ser ministros, como podem ser presidente, assim como uma mulher pode ser presidenta do Brasil."

Diante dos empregados do estaleiro, Dilma lembrou o antecessor, ao comentar a redução da pobreza. "Durante os oito anos do governo do presidente Lula, que eu tive a alegria de coordenar e a honra de suceder, nós tiramos 28 milhões de brasileiros da miséria. Mas ainda tem brasileiros na miséria", discursou.

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No Rio, a presidente participou do anúncio do início das obras de contenção de encostas e de construção de pontes nos sete municípios atingidos pelos temporais de janeiro passado e assistiu à assinatura do "chamamento público" de empresas que vão construir 6.840 casas e apartamentos para as famílias que perderam as moradias.

Juntos, os governos federal, estadual e a iniciativa privada investirão R$ 678 milhões nestas ações (R$ 360 milhões da União e R$ 278 milhões do Estado e R$ 40 milhões doados por empresários da construção). A construção das casas começará somente em outubro e as unidades serão entregues entre fevereiro e dezembro de 2012.

Dilma procurou desfazer a impressão de lentidão e atraso nas obras. "As pessoas acham que as obras demoram a começar, mas, quando começam, nós já subimos e descemos duas vezes o Everest enfrentando a burocracia e buscando solução de problemas", afirmou.

A solenidade, no auditório do Palácio Guanabara, sede do governo estadual, foi restrita a convidados. A imprensa teve de acompanhar a cerimônia por um telão, em outro andar. Os discursos relembraram a tragédia que matou mais de 900 pessoas.

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