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Desigualdade, protecionismo e populismo ameaçam emergentes

Temor é da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde

Christine Lagarde: cenário inclui "o risco de desigualdades crescentes, de protecionismo e de populismo" (Yuri Gripas/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 15h59.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional ( FMI ), Christine Lagarde , expressou, nesta quinta-feira, seu temor ante a possibilidade de que uma desaceleração no crescimento de países emergentes gere desigualdade, protecionismo e populismo.

Durante um discurso na Universidade de Maryland, Lagarde disse que, em um cenário marcado pelo freio da China e a queda dos preços de commodities, os emergentes se encontram ante a uma "nova e dura realidade".

"As taxas de crescimento são baixas, os fluxos de capital foram invertidos e as perspectivas de médio prazo se deterioraram consideravelmente", disse a diretora do FMI, de acordo com a transcrição distribuída à imprensa.

A China registrou, em 2015, seu menor crescimento dos últimos 25 anos, enquanto Brasil e Rússia se encontram em recessão.

Os níveis de rendas dos países ricos e dos emergentes deverão adotar, antes do esperado, uma tendência em consonância com as previsões do FMI de dez anos atrás, disse Lagarde.

"Isto quer dizer que milhões de pobres consideram mais difícil sair desta situação. E integrantes das novas classes médias não têm suas expectativas atendidas", destacou.

Além das consequências econômicas, este cenário inclui "o risco de desigualdades crescentes, de protecionismo e de populismo".

Para sair desta fase de crescimento frágil, Lagarde aconselhou aos países exportadores de matérias-primas racionalizar seus gastos e diversificar suas rendas para que os ajustes orçamentários se tornem "menos dolorosos".

Para impulsionar a atividade econômica, ela defendeu "maiores esforços" para reforçar os laços comerciais mediante acordos regionais.

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Durante um discurso na Universidade de Maryland, Lagarde disse que, em um cenário marcado pelo freio da China e a queda dos preços de commodities, os emergentes se encontram ante a uma "nova e dura realidade".

"As taxas de crescimento são baixas, os fluxos de capital foram invertidos e as perspectivas de médio prazo se deterioraram consideravelmente", disse a diretora do FMI, de acordo com a transcrição distribuída à imprensa.

A China registrou, em 2015, seu menor crescimento dos últimos 25 anos, enquanto Brasil e Rússia se encontram em recessão.

Os níveis de rendas dos países ricos e dos emergentes deverão adotar, antes do esperado, uma tendência em consonância com as previsões do FMI de dez anos atrás, disse Lagarde.

"Isto quer dizer que milhões de pobres consideram mais difícil sair desta situação. E integrantes das novas classes médias não têm suas expectativas atendidas", destacou.

Além das consequências econômicas, este cenário inclui "o risco de desigualdades crescentes, de protecionismo e de populismo".

Para sair desta fase de crescimento frágil, Lagarde aconselhou aos países exportadores de matérias-primas racionalizar seus gastos e diversificar suas rendas para que os ajustes orçamentários se tornem "menos dolorosos".

Para impulsionar a atividade econômica, ela defendeu "maiores esforços" para reforçar os laços comerciais mediante acordos regionais.

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