Economia

Desemprego vai a 11,7% em janeiro, diz IBGE

O país começou o ano de 2004 com uma taxa de desemprego de 11,7% em janeiro, segundo o IBGE. Esse índice é maior que o de dezembro (10,9%), porém estável em relação a janeiro de 2003, quando o desemprego atingiu 11,2% (a variação está dentro da margem de erro do instituto, segundo os técnicos). A […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.

O país começou o ano de 2004 com uma taxa de desemprego de 11,7% em janeiro, segundo o IBGE. Esse índice é maior que o de dezembro (10,9%), porém estável em relação a janeiro de 2003, quando o desemprego atingiu 11,2% (a variação está dentro da margem de erro do instituto, segundo os técnicos). A alta do desemprego em relação ao mês anterior já era esperada pelo gerente da pesquisa mensal de emprego, Cimar Azeredo. Historicamente, janeiro é um mês com taxa de desocupação maior , disse Azeredo ao divulgar, nesta sexta-feira (27/02), a pesquisa, que se baseia em levantamentos feitos nas seis maiores regiões metropolitanas do país.

Segundo Azeredo, mais uma vez a taxa refletiu o corte das vagas de trabalho temporário criadas em novembro e dezembro. Houve uma expansão no desemprego que refletiu a dispensa de trabalhadores empregados no comércio no fim do ano passado , diz Azeredo. Houve uma queda mensal de 4,9% no número de empregados no comércio e no conserto de carros e outros produtos. Em janeiro, 194 000 pessoas deixaram de atuar nessas atividades o dado é particularmente relevante porque essa mão-de-obra responde por 20,1% da população ocupada, nos cálculos do IBGE.

Nas outras atividades do mercado de trabalho, a redução mensal na ocupação foi muito menor: serviços domésticos e outros serviços (-1,8%), educação, saúde e administração pública (-1,5%), prestação de serviços a outras empresas (-1,0%), construção (-0,7%) e indústria (-0,3%). A variação na taxa de ocupação na indústria não é vista como uma queda pelos técnicos devido à margem de erro da pesquisa.
Quando se compara a ocupação no mês passado com a apurada em janeiro de 2003, a única atividade com menos trabalhadores é a construção (-0,8%).

Nas demais atividades, os dados indicam uma maior ocupação, sendo que as maiores altas estão nos serviços domésticos (5,8%) e na prestação de serviços terceirizados (4,6%). Em relação a 2003, mantiveram-se estáveis os mercados de trabalho na indústria (alta de 0,1%) e na educação, saúde e administração pública (0,3%).

Na comparação dos trabalhadores pela sua inserção no mercado de trabalho, caiu, em relação a dezembro, o número de empregados sem registro na carteira de trabalho no setor privado (-5,4%), por conta própria (-0,7%) e com carteira de trabalho no setor privado (-0,4%).

Desacelera a queda no salário médio
No mês passado, o salário médio do trabalhador foi de 850,80 reais, o que representa um crescimento de 1,9% em relação a dezembro, segundo o IBGE. Esse aumento se deve à redução nas vagas de trabalho temporário, que costumam ter um salário inferior à média , afirma Azeredo. Apesar dessa alta, a taxa continua abaixo da média de janeiro de 2003. Desde então, o rendimento caiu 6,2%.

Essa variação anual é a menor já medida pelo IBGE, que faz a análise desde março de 2003. De lá para cá, as quedas no rendimento médio oscilaram entre 7% e 15% ao ano. A desaceleração na queda do rendimento é um reflexo da redução da inflação nos últimos meses , diz Azeredo.

Desemprego e salários em São Paulo
Na região metropolitana de São Paulo, a taxa de desocupação em janeiro, 12,9%, é semelhante à do mesmo mês de 2003 (13,0%) e maior que a de dezembro (11,8%). Já rendimento médio do trabalhador da metrópole cresceu mais que a média brasileira (3,2%) em relação a dezembro porém caiu mais frente a janeiro de 2003 (-9,7%).

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