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Desemprego na América Latina deve ficar em 6,4% este ano

Segundo a publicação Conjuntura do Mercado de Trabalho da América Latina e do Caribe, a região deverá encerrar o ano com taxa de desemprego de 6,4%

Carteira de Trabalho: na publicação, destacou-se a persistência de problemas estruturais que afetam a inserção de jovens no mercado de trabalho (Marcello Casal Jr/ABr)
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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2012 às 17h08.

Brasília – O desemprego na América Latina teve redução no primeiro semestre de 2012 como indicam dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Segundo a publicação Conjuntura do Mercado de Trabalho da América Latina e do Caribe, a região deverá encerrar o ano com taxa de desemprego de 6,4%, pouco menos que os 6,7% em 2011.

O estudo dos dois órgãos das Nações Unidas aponta tendência positiva no mercado de trabalho, apesar da queda na taxa de crescimento na região - que caiu de 4,3% para 3,2% de 2011 a 2012. De acordo com o documento da OIT e da Cepal, a expansão de 3% do emprego assalariado formal e o aumento de 3% do salário real em 2012 contribuem para as perspectivas positivas, em relação a igual período do ano passado.

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“Durante o primeiro semestre de 2012, em muitos países manteve-se a tendência recente de melhora na qualidade do emprego, caracterizada pelo dinamismo da geração de emprego assalariado, significativos aumentos do emprego formal e redução do subemprego”, diz, no prefácio do documento, a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, e a diretora regional do escritório da OIT para a América Latina e o Caribe, Elizabeth Tinoco.

Na publicação, destacou-se a persistência de problemas estruturais que afetam a inserção de jovens no mercado de trabalho, como a percepção de que são mão-de-obra secundária, usada para ajustar o mercado em momentos de oscilação da demanda e a falta de políticas públicas e de diálogo social.


Segundo dados da OIT, só nos países do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo, do qual o Brasil faz parte) há mais de 17,7 milhões de jovens entre 15 e 25 anos sem emprego. Nessa faixa etária, 20,3% das pessoas não estudam ou procuram posto de trabalho – especialmente as mulheres, dedicadas aos serviços domésticos.

“Isto gera problemas, não somente no nível das pessoas e das suas famílias mas, também, representa uma carga para o futuro desenvolvimento social e econômico dos países e, como temos observado em diferentes áreas do mundo, pode gerar fortes conflitos sociais e políticos”, explicaram Alicia e Elizabeth, em nota conjunta.

Para combater os problemas estruturais, a OIT e a Cepal propõem a definição de estratégias de crescimento e de política econômica, de políticas e programas para facilitar a transição entre a escola e o trabalho, de serviços públicos de emprego juvenil, de sistemas de aprendizagem e de capacitação, de iniciativa empresarial, de subsídios salariais e de diálogo social e participação juvenil.

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