Economia

Desemprego em 2011 caiu mais entre as mulheres

O número de mulheres que estão no mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo, caiu de 56,2% em 2010 para 55,4% em 2011

O recuo, afirma o estudo, interrompeu a trajetória de expansão da taxa de participação entre mulheres que vinha desde 2009 (Dreamstime.com)

O recuo, afirma o estudo, interrompeu a trajetória de expansão da taxa de participação entre mulheres que vinha desde 2009 (Dreamstime.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2012 às 14h33.

São Paulo - A pesquisa "Mulheres no Mercado de Trabalho da Região Metropolitana de São Paulo", divulgada hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), mostra que o desemprego feminino registrou em 2011 a oitava queda consecutiva, ao passar de 14,7% em 2010 para 12,5%. "A geração de oportunidades de trabalho foi mais intensa para as mulheres do que para os homens, uma vez que o nível de ocupação entre elas subiu 2,5%, contra 1,5% para o contingente masculino" afirma o estudo. A taxa de desemprego entre os homens recuou de 9,5% em 2010 para 8,6% em 2011.

De acordo com a analista de mercado de trabalho do Dieese Ana Maria Belavenuto, as oportunidades de trabalho para as mulheres foram criadas principalmente nos setores comercial e de serviços. "Tem caído a participação das mulheres nos serviços domésticos", disse. A queda do desemprego entre o sexo feminino, no entanto, pouco alterou o tamanho da participação das mulheres no total de ocupados de 2010 para 2011 - a proporção passou de 45,3% para 45,5%.

Já o número de mulheres que estão no mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo, em proporção ao total população feminina, caiu de 56,2% em 2010 para 55,4% em 2011. O recuo, afirma o estudo, interrompeu a trajetória de expansão da taxa de participação entre mulheres que vinha desde 2009, ano em que os efeitos da crise econômica internacional afetaram a economia brasileira.

Entre a população masculina, a participação no mercado de trabalho se manteve praticamente inalterada no período - passou de 71,6% para 71,3% -, mas a leve queda levou o índice ao menor nível da série histórica da pesquisa, iniciada em 1985.

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