Economia

Desemprego cai para 14,1% no 2º trimestre e atinge 14,4 milhões de pessoas

A população desalentada caiu 6,5% em relação ao trimestre anterior. Dados são da pesquisa Pnad Contínua, divulgada nesta terça-feira, 31, pelo IBGE

A Massa Salarial caiu 0,55% e ficou estável em relação ao trimestre anterior e 1,72% abaixo de 2020 (Jornal Brasil em Folhas/Flickr)

A Massa Salarial caiu 0,55% e ficou estável em relação ao trimestre anterior e 1,72% abaixo de 2020 (Jornal Brasil em Folhas/Flickr)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 31 de agosto de 2021 às 09h26.

Última atualização em 31 de agosto de 2021 às 10h38.

A taxa de desemprego caiu para 14,1% no 2º trimestre de 2021, uma redução de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (14,7%). Na comparação com o período de abril a junho do ano passado, houve alta de 0,8 ponto percentual (13,3%).

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Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta terça-feira, 31, pelo IBGE. As projeções apontavam que o trimestre encerrado em junho teria uma taxa de desemprego em torno de 14,6%.

A população desocupada soma 14,4 milhões de pessoas e ficou estável ante ao primeiro trimestre, quando era de 14,8 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período de 2020, a quantidade de pessoas desocupadas aumentou em 12,9% — mais 1,7 milhões de pessoas.

A população ocupada cresceu 2,5% em relação ao trimestre anterior e 5,3% frente ao mesmo trimestre de 2020. O nível de ocupação, referente ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade ativa para trabalhar, é estimado em 49,6% e cresceu 1,2 p.p. em relação ao trimestre anterior e 1,6 ponto percentual ante igual trimestre de 2020.

A taxa de subutilização caiu 1.1 p.p. em relação aos três meses anteriores, atingindo 32,2 milhões de pessoas. Já a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas chegou a 7,5 milhões de pessoas e bateu o recorde da série histórica, com alta de 7,3% ante o trimestre anterior e de 34,4% frente ao mesmo período de 2020.

A população desalentada caiu 6,5% em relação ao trimestre anterior e chegou a 5,6 milhões de pessoas, ficando estável no ano.

A taxa de desemprego foi o recorde entre os trabalhadores por conta própria e chegou a 24,8 milhões de pessoas, uma alta de 4,2% em relação ao trimestre anterior. Este tipo de trabalho representou praticamente metade dos postos líquidos gerados no trimestre.

"De maneira geral o mercado de trabalho segue reagindo por uma mudança de composição em direção ao trabalho mais fluido, por assim dizer. A criação de vagas tende a ser menos formal e por conseguinte com rendimentos mais baixos e esporádicos", afirmou André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos.

A Massa Salarial caiu 0,55% e ficou estável em relação ao trimestre anterior e 1,72% abaixo do ano passado.

"Em termos agregados os dados da Massa Salarial apontam para uma demanda das famílias está estagnada e neste sentido o IB depende mais do que nunca dos outros componentes da demanda em especial do investimento privado e do setor externo uma vez que sabemos que o governo federal está cortando gastos onde pode", disse.

"Amanhã a divulgação do PIB será importante para avaliarmos a dinâmica do processo recente e os efeitos da pandemia na atividade. Com estes dados em mãos nos parece que o PIB do segundo trimestre deve de fato vir próximo de 0% na variação contra o primeiro trimestre de 2021. O que serve de alento foram os dados da Confiança Empresarial divulgada pela FGV que aponta para uma melhora das expectativas para o terceiro trimestre onde empresários veem com otimismo a vacinação mais generalizada", completou.

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