Pelo quarto mês seguido, a notícia sobre emprego e renda se repete. Em abril, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) verificou que o desemprego manteve-se em alta e os rendimentos em queda. No mês passado, a taxa de desocupação ficou em 13,1%, a mais alta taxa, desde março de 2002, segundo os dados disponíveis da pesquisa do IBGE.

Em março, havia sido de 12,8% e, em abril de 2003, 12,4%. Das seis regiões metropolitanas analisadas pela pesquisa do IBGE, Recife (que passou de 12,6% para 14,3%); Rio de Janeiro (de 9,8% para 10,7%); e Porto Alegre (de 9,6% para 10,7%) foram as que mais sofreram.

O rendimento médio real caiu tanto em relação a março de 2004 (-0,9%), quanto em relação a abril de 2003 (-3,5%). Quem mais sentiu o bolso apertar foi o trabalhador sem carteira assinada. Segundo o IBGE, eles ganharam, em abril, 4,3% a menos do que em abril de 2003.

Na mesma comparação anual, os empregados com carteira de trabalho assinada ganharam 2,9% a menos. Os únicos que ganharam um pouco a mais foram os trabalhadores por conta própria. Eles embolsaram, no mês passado, 3,2% a mais do que em no mesmo mês de 2003. Esse foi o segundo mês consecutivo que os autônomos conseguiram aumentar a renda.