Economia

Desempenho da economia em 2012 foi frustrante, avalia CNI

Para a confederação, o resultado confirma que “o modelo de crescimento brasileiro”, com base no consumo, “é insustentável”


	Fábrica da Johnson & Johnson: segundo a confederação, é preciso aumentar o ritmo dos investimentos em equilíbrio com o consumo das famílias
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Fábrica da Johnson & Johnson: segundo a confederação, é preciso aumentar o ritmo dos investimentos em equilíbrio com o consumo das famílias (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 11h52.

Brasília - A economia brasileira teve um desempenho frustrante em 2012, considerado um ano perdido na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou hoje (3) uma edição especial do Informe Conjuntural com dados de 2012 e projeções para 2013. As previsões da CNI indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) - soma de todos os bens e serviços produzidos no país - fechará este ano em 0,9% .

Para a confederação, o resultado confirma que “o modelo de crescimento brasileiro”, com base no consumo, “é insustentável”.

A CNI destaca ainda que, desde o fim do ano passado, chama a atenção o fraco desempenho da economia, particularmente da indústria. Segundo a confederação, é preciso aumentar o ritmo dos investimentos em equilíbrio com o consumo das famílias. Pela avaliação dos industriais, os investimentos terão uma queda de 4,5% neste ano, enquanto o consumo das famílias aumentará em 3,1%.

“Não se sustenta crescimento apenas com o consumo, que tem certa limitação. Às vezes, tem importância para alguns setores, como o automotivo. Houve aumento do consumo, mas não dos investimentos no setor”, disse o presidente da CNI, Robson Braga.

A CNI enfatiza ainda que, com a queda da atividade industrial, a participação do setor no crescimento da economia diminuirá ainda mais, com a perda de competitividade nos mercados interno e externo.

A CNI traçou dois cenários para as projeções. O primeiro, com base nas medidas do governo adotadas para o ganho da competitividade da indústria, e a inclusão do aumento da confiança do empresário para 2013, do crescimento da utilização da capacidade instalada e da volta dos investimentos.

No cenário alternativo, as projeções levam em consideração que as medidas do governo terão efeitos parciais, a indústria avança menos na competitividade e o consumo será direcionado para o mercado externo.

A CNI estima crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – em 0,9% em 2012. Para 2013, a projeção da confederação é que a economia cresça 4%. Já o PIB industrial ficou em -0,6% este ano. Para 2013, a expectativa é que haja uma expansão de 4,1%.

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