Economia

Desembolsos do BNDES caem 17% e somam R$ 33,5 bi no 1º semestre

O BNDES informou que a carteira de crédito e repasses líquida encolheu 4,6% no primeiro semestre de 2017, o equivalente a uma redução de R$ 27,83 bilhões

BNDES: o destaque positivo foram os desembolsos da linha BNDES Progeren, destinada ao financiamento de capital de giro de empresas (Nacho Doce/Reuters)

BNDES: o destaque positivo foram os desembolsos da linha BNDES Progeren, destinada ao financiamento de capital de giro de empresas (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2017 às 10h36.

Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 33,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, uma queda de 17% em relação ao mesmo período de 2016. A informação foi publicada na edição desta segunda-feira, 14, do Diário Oficial da União.

As médias e pequenas empresas aumentaram a participação nos desembolsos, com fatias de 14,0% e 10,5%, respectivamente, enquanto as microempresas diminuíram sua participação para 15,2% no primeiro semestre deste ano. As grandes empresas também tiveram uma fatia menor do que a registrada no primeiro semestre de 2016, mas ainda responderam pela maioria do total desembolsado, 60,3%.

No primeiros semestre, foram realizadas 183.421 operações com micro, pequenas, médias e grandes empresas, um tombo de 43,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o banco de fomento, o resultado mostra o "reflexo da crise econômica nas perspectivas de investimentos das empresas".

O setor de infraestrutura abocanhou 36,2% dos desembolsos; comércio e serviços ficaram com 22,6%; indústria, 20,7%; e agropecuária, 20,5%.

Segundo o banco de fomento, o destaque positivo foram os desembolsos da linha BNDES Progeren, destinada ao financiamento de capital de giro de empresas. O Progeren somou R$ 3,3 bilhões em desembolsos no primeiro semestre, um avanço nominal de 367% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Carteira de crédito

O BNDES informou que a carteira de crédito e repasses líquida encolheu 4,6% no primeiro semestre de 2017, o equivalente a uma redução de R$ 27,83 bilhões.

Segundo o banco de fomento, as liquidações das operações superaram os desembolsos realizados no período, além e ter havido aumento de R$ 4,16 bilhões da provisão para risco de crédito. Com isso, a disponibilidade financeira cresceu 58,2% no primeiro semestre de 2017.

O produto de intermediação financeira diminuiu R$ 3,9 bilhões no primeiro semestre ante o mesmo período de 2016, puxado pela redução da rentabilidade média da carteira de tesouraria, além do efeito da queda de volume na carteira média de crédito.

O banco informou ainda uma provisão para risco de crédito complementar de R$ 1,4 bilhão, ao mínimo requerido pela Resolução CMN 2.682/99, para cobertura de riscos adicionais por conta das incertezas do cenário econômico atual. A provisão para risco de crédito alcançou R$ 17,11 bilhões no primeiro semestre de 2017, o equivalente a 2,85% da carteira total.

A inadimplência por período maior que 30 dias recuou de 2,81% em dezembro de 2016 para 2,45% em 30 de junho deste ano. A carteira de crédito e repasses teve 96,2% de suas operações classificadas entre os níveis AA e C, patamar superior à média registrada pelo Sistema Financeiro Nacional, de 89,6%.

Acompanhe tudo sobre:BalançosBNDESCMNLucro

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor