Desastres naturais provocaram prejuízo de US$ 44 bilhões
Catástrofes naturais no primeiro semestre trouxeram perdas que chegaram a 44 bilhões de dólares, segundo seguradora
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2014 às 09h10.
Zurique - As perdas econômicas provocadas por desastres e catástrofes naturais no primeiro semestre chegaram a 44 bilhões de dólares, segundo estimativas preliminares da seguradora Swiss Re.
Nos primeiros seis meses do ano, o valor das perdas com cobertura do setor de seguros em todo o mundo foi de 21 bilhões de dólares, contra 25 bilhões no mesmo período do ano passado, segundo o grupo suíço.
São Paulo - Pontes submersas, casas arruinadas, trens e metrôs inundados, sistemas de energia danificados, calçadas e ruas destruídas, pequenas e grandes empresas paralisadas...O saldo dos desastres naturais relacionados aos extremos do clima segue uma crescente que não dá sinais de trégua. Somados, os prejuízos econômicos provocados por enchentes , secas e furacões nas últimas quatro décadas chegam a 2,3 trilhões de dólares, quase um Brasil em PIB. Veja a seguir as 10 catástrofes naturais que geraram maiores perdas econômicas, segundo o Atlas de Mortalidade e Perdas Econômicas, produzido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). São exemplos de que o mundo está pagando uma conta salgada ao manter o atual padrão de produção e consumo, evitando compromissos mais sérios para mitigação das mudanças climáticas . No final da lista, você confere as catástrofes que arrancaram mais vidas.
Prejuízo econômico: US$ 146,9 bilhões O furacão Katrina atingiu a costa sul dos Estados Unidos com força arrasadora no dia 25 de agosto de 2005, matando mais de mil pessoas e obrigando a evacuação de meio milhão. Nova Orleans foi a cidade mais afetada. Alguns dos diques que a protegiam não conseguiram conter as águas do Lago Pontchartrain, que afluiu município adentro, inundando pelo menos 80% do seu território. Bairros inteiros ficaram praticamente submersos.
Prejuízo econômico: US$ 50 bilhões Quando o Furacão Sandy atingiu Nova York na noite de uma segunda-feira em outubro de 2012, ficou claro como suscetíveis as sociedades modernas e suas áreas metropolitanas são às catástrofes naturais. O maior centro financeiro paralisou, e parte da estrutura urbana da cidade foi seriamente afetada, exigindo investimentos vultosos para reconstrução.
Prejuízo econômico: US$ 43,3 bilhões
Um dos mais devastadores ciclones da história dos EUA, o Andrew atingiu, em agosto de 1992, a classificação máxima da escala de Saffir-Simpson, que mede a intensidade e gravidade deste fenômeno natural. Na categoria 5, os furacões são capazes de destruir tudo no caminho, com ventos de mais de 249 km/h e elevação do nível do mar em mais de 5,5 metros.
Um dos mais devastadores ciclones da história dos EUA, o Andrew atingiu, em agosto de 1992, a classificação máxima da escala de Saffir-Simpson, que mede a intensidade e gravidade deste fenômeno natural. Na categoria 5, os furacões são capazes de destruir tudo no caminho, com ventos de mais de 249 km/h e elevação do nível do mar em mais de 5,5 metros.
Prejuízo econômico: US$ 42,2 bilhões No verão de 1998, a segunda maior economia do mundo sofreu três grandes inundações. De acordo com relatórios oficiais do governo chinês, 3.656 pessoas morreram e 14 milhões ficaram desabrigadas. Cerca de 25 milhões de hectares de terras agrícolas foram inundadas.
Prejuízo econômico: US$ 40,8 bilhões As enchentes que atingiram a Tailândia em 2011 mataram mais de 800 pessoas e deixaram milhões de desabrigados. Mais de três quartos das províncias do país foram declaradas zonas de desastre. Na ocasião, o governo da Tailândia sofreu severas críticas por não estar preparado para a gravidade e duração das inundações, e muitas comunidades sentiram que o centro de operações criado para coordenar as respostas às emergências era inadequado.
Prejuízo econômico: US$ 31,9 bilhões Ike é mais um dos furacões que geraram prejuízos aos americanos. Ele formou-se gradualmente a partir de uma onda tropical que deixou a costa ocidental da África no final de agosto de 2008. Após cruzar o Caribe e atravessar o golfo do México, o ciclone atingiu a costa dos Estados Unidos, perto de Baytown, no Texas. O saldo foi de 82 mortos e outros 200 desaparecidos. Antes de chegar aos EUA, o furacão varreu Cuba e o Haiti, matando 500 pessoas.
Prejuízo econômico: US$ 22,5 bilhões As cheias de 1995 e 1996 causaram um déficit de 2,5 milhões de toneladas de alimentos na Coreia do Norte, impelindo o país a pedir ajuda, pela primeira vez, à Cruz Vermelha. Além disso, as inundações destruíram muitas das extensas instalações subterrâneas, como minas de carvão, abrigos, bases de mísseis secretos e outra infraestruturas civis e militares.
Prejuízo econômico: 22,4 bilhões No início de 2008, uma tempestade de neve se abateu sobre a China, afetando com mais força as províncias ao sul. As fortes nevascas, o gelo e o frio extremo causaram grandes danos à infraestrutura. Houve apagões graves de energia elétrica em muitas cidades e interrupção nos transportes. Foi o pior inverno da China em meio século.
Prejuízo econômico: US$ 21,8 bilhões Com ventos de 225 km/h e diâmetro de 600km, o furacão Ivan, considerado um dos mais violentos da história, deixou destruição por onde passou. Antes de atingir os estados do Alabama, Flórida, Texas e Louisiana nos EUA, causou estragos na Jamaica e no Caribe, matando mais de 60 pessoas.
Prejuízo econômico: US$ 21,3 bilhões Por fim, o décimo desastre natural relacionado aos extremos do clima mais caro em 40 anos foi a seca histórica que tomou conta da China em 1994. Na maior parte das regiões, a precipitação total durante este período foi inferior a 100 mm, cerca de 40% a 50% menor do que o normal, e noutras áreas, choveu 90% menos. A seca foi um golpe fatal na produção agrícola da China.