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Desaceleração da China aumenta pedidos de afrouxamento

Novos pedidos de afrouxamento na política monetária querem impedir que a economia tropece novamente

Pequim: desaceleração levou analistas a apoiarem a ação política para impulsionar economia (Greg Baker/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 09h08.

 Pequim - O crescimento do vasto setor industrial da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/china">China</a></strong> desacelerou em agosto uma vez que as demandas externa e interna diminuíram, mostraram nesta segunda-feira duas pesquisas Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), provocando novos pedidos de mais afrouxamento de <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/politica-monetaria">política monetária</a></strong> para impedir que a economia tropece novamente.</p> 

O PMI publicado pela Agência Nacional de Estatísticas caiu da máxima de 27 meses para 51,1 em agosto, ligeiramente menos do que o previsto, uma vez que as fábricas cortaram empregos por pelo menos o 24º mês seguido.

Já o PMI final do HSBC/Markit, uma pesquisa privada, recuou para 50,2 em agosto, próximo da leitura preliminar de 50,3 e pouco acima da marca de 50 que separa expansão da atividade de contração.

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A desaceleração em ambos os PMIs levou alguns analistas a reafirmar seu apoio a mais ação de política para impulsionar o ímpeto de crescimento na segunda maior economia do mundo.

"Se agora começarmos a ver um sério desafio ao crescimento, a pressão para fazer mais vai se intensificar", disse o economista do RBS Louis Kuijs.

Ele disse que o banco central pode cortar taxas de juros ou reduzir o volume de reservas que os bancos têm que deter como depósitos para reaquecer a economia.

A economia da China tem tido um ano complicado. O crescimento caiu para 7,4 por cento no primeiro trimestre e depois se recuperou para 7,5 por cento entre abril e junho.

As expectativas de que a leve recuperação ganharia tração sofreram um golpe no mês passado quando o crescimento das vendas no varejo e do investimento em ativos fixos desacelerou, enquanto o dinheiro injetado na economia caiu inesperadamente para mínima em quase seis anos.

Os PMIs desta segunda-feira mostraram que o cenário continua nebuloso. Detalhes do PMI oficial --mais voltado para indústrias maiores e estatais-- mostraram que a produção, o emprego, novas encomendas, tempo de entrada e estoques de insumos caíram, com o mercado de trabalho mostrando a maior fraqueza. Foi a primeira vez em seis meses que o PMI oficial teve queda.

O PMI do HSBC/Markit também indicou fraqueza da demanda. As empresas falaram em "demanda enfraquecida dos clientes" por novas encomendas, especialmente daquelas que vendem bens de investimentos, acrescentando que várias empresas também cortaram gastos em aço em particular.

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