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Deputado europeu diz que Brasil hoje é país da moda

Segundo Luis Yáñez, todo mundo quer imitar o país na economia e nas políticas sociais

Yáñez: “O Brasil faz um trabalho inestimável na luta contra a tortura, que ela [Dilma Rousseff] já sofreu na ditadura e contra os pontos que ferem os direitos humanos” (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 14h00.

Brasília - Os avanços econômicos e sociais conquistados pelo Brasil nos últimos anos chamam a atenção do mundo. A avaliação é do deputado espanhol Luis Yáñez, que preside a delegação do Parlamento Europeu para as relações com os países do Mercosul. Bem-humorado, Yánez definiu as relações do mundo com o Brasil em uma única frase: “O Brasil é hoje o país da moda. Todo mundo quer se parecer com ele”.

Desde o começo desta semana Yánez e um grupo de parlamentares europeus estão em Brasília para negociar o tratado de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O deputado elogiou as primeiras ações da presidenta Dilma Rousseff relativas à política externa – dado prioridade à América do Sul, em defesa dos direitos humanos e na busca por investimentos no país.

“O Brasil faz um trabalho inestimável na luta contra a impunidade, contra a tortura, que ela [Dilma Rousseff] já sofreu na ditadura e contra os pontos que ferem os direitos humanos. Isso produz um efeito exterior, sobretudo na América Latina”, afirmou Yánez, acrescentando que o país tem um papel muito importante no desenvolvimento e na busca da paz e do diálogo no mundo.

Para Yáñez, o fato de o Brasil sediar a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, destacam ainda mais a importância que o país passou a ter no cenário internacional. “Não é uma casualidade nem uma onda passageira, mas fruto de mais de 20 anos de esforço e de uma conjunção de fatores”, disse.

O parlamentar europeu alertou, porém, sobre o risco de acomodação e do excesso de confiança às vésperas dos dois eventos esportivos, reações que podem atrapalhar. “O país deu um passo de gigante nos últimos anos, mas não deve confiar [por considerar-se capaz demais]. No dia em que os brasileiros acreditarem que está tudo feito, será o começo de uma nova decadência”, afirmou.

Yánes acrescentou que “apesar de milhões de pessoas terem saído da pobreza extrema, ainda há pobreza. Apesar de ter combatido a violência e a insegurança, ainda há violência e insegurança. Não está tudo feito.”

O espanhol disse que a Copa e as Olimpíadas devem ser encaradas como um desafio não apenas desportivo, mas para impulsionar a economia e modernizar setores que ainda são gargalos. “É um desafio que deve ser assumido pela sociedade para que se vá mais além”.

Para Yánez, o mundo não vê mais o Brasil apenas como um potencial futuro, mas como realidade presente. “Não se fala mais no Brasil como um país atrasado. Ele tem problemas, mas é muito mais dinâmico”.

Segundo o parlamentar europeu, existe no Brasil um “projeto de país”, construído progressivamente. “Quando se conversa com diretores de meios de comunicação, empresários, sindicalistas, políticos de oposição ou de governo, todos te explicam que país estão construindo e o que te dizem se parece muito”.

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Brasília - Os avanços econômicos e sociais conquistados pelo Brasil nos últimos anos chamam a atenção do mundo. A avaliação é do deputado espanhol Luis Yáñez, que preside a delegação do Parlamento Europeu para as relações com os países do Mercosul. Bem-humorado, Yánez definiu as relações do mundo com o Brasil em uma única frase: “O Brasil é hoje o país da moda. Todo mundo quer se parecer com ele”.

Desde o começo desta semana Yánez e um grupo de parlamentares europeus estão em Brasília para negociar o tratado de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O deputado elogiou as primeiras ações da presidenta Dilma Rousseff relativas à política externa – dado prioridade à América do Sul, em defesa dos direitos humanos e na busca por investimentos no país.

“O Brasil faz um trabalho inestimável na luta contra a impunidade, contra a tortura, que ela [Dilma Rousseff] já sofreu na ditadura e contra os pontos que ferem os direitos humanos. Isso produz um efeito exterior, sobretudo na América Latina”, afirmou Yánez, acrescentando que o país tem um papel muito importante no desenvolvimento e na busca da paz e do diálogo no mundo.

Para Yáñez, o fato de o Brasil sediar a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, destacam ainda mais a importância que o país passou a ter no cenário internacional. “Não é uma casualidade nem uma onda passageira, mas fruto de mais de 20 anos de esforço e de uma conjunção de fatores”, disse.

O parlamentar europeu alertou, porém, sobre o risco de acomodação e do excesso de confiança às vésperas dos dois eventos esportivos, reações que podem atrapalhar. “O país deu um passo de gigante nos últimos anos, mas não deve confiar [por considerar-se capaz demais]. No dia em que os brasileiros acreditarem que está tudo feito, será o começo de uma nova decadência”, afirmou.

Yánes acrescentou que “apesar de milhões de pessoas terem saído da pobreza extrema, ainda há pobreza. Apesar de ter combatido a violência e a insegurança, ainda há violência e insegurança. Não está tudo feito.”

O espanhol disse que a Copa e as Olimpíadas devem ser encaradas como um desafio não apenas desportivo, mas para impulsionar a economia e modernizar setores que ainda são gargalos. “É um desafio que deve ser assumido pela sociedade para que se vá mais além”.

Para Yánez, o mundo não vê mais o Brasil apenas como um potencial futuro, mas como realidade presente. “Não se fala mais no Brasil como um país atrasado. Ele tem problemas, mas é muito mais dinâmico”.

Segundo o parlamentar europeu, existe no Brasil um “projeto de país”, construído progressivamente. “Quando se conversa com diretores de meios de comunicação, empresários, sindicalistas, políticos de oposição ou de governo, todos te explicam que país estão construindo e o que te dizem se parece muito”.

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