Economia

Deputado do partido de Merkel sugere que Itália saia do euro

Ele disse que a Itália deveria abandonar o euro se o país não conseguir uma maioria estável pró-europeia


	Símbolo do euro: a corrente eurocética do partido liberal FDP, aliado no governo de Merkel, também defendeu a saída da Itália do euro
 (Sean Gallup/Getty Images)

Símbolo do euro: a corrente eurocética do partido liberal FDP, aliado no governo de Merkel, também defendeu a saída da Itália do euro (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 09h35.

Berlim - Um deputado alemão do partido conservador CDU, da chanceler Angela Merkel, afirmou ao jornal Handelsblatt que a Itália deveria abandonar o euro se o país não conseguir uma maioria estável pró-europeia.

"Se um país não consegue convencer a maioria de sua população de que devem respeitar os compromissos adquiridos para que a moeda única funcione, não se pode pedir do exterior que volte a votar, deve-se deixar que retorne a sua moeda nacional", declarou Klaus-Peter Willsch, deputado da CDU notoriamente anti-europeu, uma ala minoritária de seu partido.

"Se queremos voltar a uma coexistência pacífica e respeitosa na Europa e levar a sério o direito dos povos de decidir por si mesmos, devemos sair da ideologia 'euro-europeia'", argumentou.

A corrente eurocética do partido liberal FDP, aliado no governo de Merkel, também defendeu a saída da Itália do euro.

"Se o euro quer sobreviver, deve virar uma moeda que respira. Os membros que não conseguem ou não podem ser economicamente competentes devem poder sair deste clube monetário", opinou Frank Schaffler, líder dos liberais contrários ao euro.

As eleições na Itália geraram uma situação política complicada. Nenhum partido tem maioria clara e a formação de um governo de coalizão parece incerta.

A votação foi percebida na Europa como uma manifestação contrária às políticas de austeridade, defendidas especialmente pela Alemanha.

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