Paulo Guedes, em Davos: Guedes retornará ao Brasil amanhã (24) e assume os compromissos em Brasília na segunda-feira (27) (World Economic Forum/Walter Duerst/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 06h14.
Última atualização em 23 de janeiro de 2020 às 09h57.
São Paulo — Paulo Guedes segue com uma agenda cheia no encontro do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta quinta-feira. O ministro da Economia estará em duas mesas redondas informais, uma com o tema “Governança Tecnológica na Encruzilhada” e a outra com o tema “Encontrando Resiliência em uma Economia Global com Regras”.
Guedes também terá reunião com o presidente do Grupo Naturgy, Francisco Reynés, e um almoço promovido pelos veículos Washington Post e Foreign Policy. Às 16h do horário local, quatro horas à frente do horário do de Brasília, participa do painel “Desafiando o Domínio do Dólar”, com transmissão online.
Este deve ser o último compromisso de Guedes em Davos. Ontem (22), o Ministério da Economia confirmou que Guedes não acompanhará a comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que viaja nesta quinta para a Índia. Até agora, havia a possibilidade de o ministro emendar as duas viagens. Guedes retornará ao Brasil amanhã (24) e assume os compromissos em Brasília na segunda-feira (27).
A pauta será o desejo dos países de reduzir a dependência da moeda americana e imaginar uma nova “arquitetura financeira para um mundo multipolar”.
O painel também contará com Mário Centeno, ministro das Finanças de Portugal, Gita Gopinath, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, Adam Tooze, diretor do Instituto Europeu da Universidade de Columbia, e Zhu Ning, do Instituto Avançado de Finanças (SAIF) de Xangai.
O encontro deve render manchetes menos controversas para Guedes do que seu comentário, na terça-feira (21), de que “o maior inimigo do meio ambiente é a pobreza”. O ministro foi rebatido indiretamente no dia seguinte por Al Gore, que foi vice-presidente de Bill Clinton.
Em uma reunião com CEOs fechada à imprensa, Guedes explicou que seu raciocínio era de que quem mais cobrava o Brasil eram os países que já destruíram suas florestas.
O ministro também encontrou seu colega britânico das Finanças, Sajid David, e disse que o Reino Unido quer negociar urgentemente um acordo de livre comércio com Mercosul.
Guedes não é o único brasileiro a chamar a atenção em Davos. Também nesta quinta-feira, João Doria, governador de São Paulo, participa de um painel sobre infraestrutura e serviços urbanos – e dado o tamanho das suas pretensões futuras, é de se imaginar que não vá desperdiçar sua chance no palco.