Economia

Dentro das expectativas, IPCA de maio fecha em 0,61%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de maio fechou em 0,61%, abaixo da taxa de 0,97% de abril em 0,36 ponto percentual. No ano, o IPCA acumula taxa de 6,80%, acima dos 2,51% relativos a igual período de 2002. Nos últimos doze meses, o índice foi 17,24%, superior aos doze […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de maio fechou em 0,61%, abaixo da taxa de 0,97% de abril em 0,36 ponto percentual. No ano, o IPCA acumula taxa de 6,80%, acima dos 2,51% relativos a igual período de 2002. Nos últimos doze meses, o índice foi 17,24%, superior aos doze meses imediatamente anteriores (16,77%). Em maio de 2002, o IPCA foi 0,21%.

O percentual está dentro das expectativas do mercado financeiro que estimava uma taxa entre 0,61% e 0,62%. Apesar da queda em relação a abril, esse percentual ainda projeta uma inflação para 2003 por volta de 12%, acima ainda da meta ajustada para este ano de 8,5%. Neste mês, ao contrário dos meses anteriores, o grande vilão da inflação foram os reajustes de tarifas de energia elétrica. E não os alimentos in-natura, como esperavam os analistas.

Os produtos alimentícios, em período de safra, subiram 0,63%, contra os 1,01% de abril. A maioria apresentou reduções significativas de um mês para o outro, destacando-se o tomate (de 17,58% para -30,62%), as hortaliças (de -3,27% para -7,55%), frutas (de -3,10% para -5,77%), óleo de soja (de -1,86% para -4,45%) e açúcar cristal (de 0,16% para -3,38%). Houve poucas altas, como a do arroz (de -0,60% para 14,46%) e a da batata-inglesa (de 8,22% para 12,98%), ambos em fase de menor oferta.

Os produtos não alimentícios também cresceram menos. Gás de cozinha e remédios tiveram ambos 0,35% de variação em maio, contra 4,13% e 2,73%, respectivamente, de abril. Com a redução nas refinarias, os preços da gasolina nas bombas caíram 3,38% (-0,79% em abril), maior impacto negativo do mês (-0,16 ponto percentual).

O principal impacto individual veio do aumento nas contas de energia elétrica: de 3,28% para 6,45% (0,27 ponto percentual), observados na maioria das regiões pesquisadas.

O maior índice regional foi registrado em Recife (1,82%) em razão, principalmente, das tarifas de ônibus urbanos (14,04%), reajustadas em 23,8% a partir do dia 19 de abril, e da alta de 6,93% na gasolina. Em Brasília (-0,31%) onde a gasolina teve queda de 6,52%, e em Curitiba (-0,36%), onde os preços dos alimentos caíram 0,20%, ocorreu deflação.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, refere-se às famílias com rendimento de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do IPCA de maio foram comparados os preços coletados no período de 30 de abril a 29 de maio (referência) com os preços vigentes no período de 29 de março a 29 de abril (base).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC foi 0,99% e ficou abaixo da taxa de 1,38% referente ao mês de abril. Os alimentos, com 0,61%, ficaram com resultado abaixo do anterior, cuja taxa foi 1,15%. Os não alimentícios também tiveram menor variação, passando de 1,49% para 1,17%.

No ano, o INPC acumulou taxa de 7,90% e ficou acima do percentual de 2,80% relativo a igual período de 2002. Nos últimos doze meses, o índice situou-se em 20,44%, resultado superior aos doze meses imediatamente anteriores, 19,36%. Em maio de 2002, o INPC foi 0,09%.

O maior índice regional foi registrado em Recife (2,37%), em razão, principalmente, das tarifas de ônibus urbanos (14,04%), reajustadas em 23,8% a partir do dia 19 de abril. Os menores foram registrados em Brasília (0,03%) e Curitiba (-0,21%).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, refere-se às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do INPC de maio foram comparados os preços coletados no período de 30 de abril a 29 de maio (referência) com os preços vigentes no período de 29 de março a 29 de abril (base).

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