Economia

Demissão em autopeças derruba vagas no setor automotivo

O movimento é justificado, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, pelo período de dificuldades pelo qual passam as empresas do setor

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 14h21.

São Paulo - O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou em julho variação negativa de 0,2% no nível de emprego no estado de São Paulo em relação ao mês anterior. O movimento é justificado, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), pelo período de dificuldades pelo qual passam as empresas de autopeças.

Enquanto as montadoras mostram há dois meses crescimento no número de vagas - alta de 1,3% em junho ante maio e de 0,5% em julho ante junho, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) - o segmento de autopeças leva mais tempo para mostrar recuperação. Segundo o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp (Depecon), Paulo Francini, são nessas empresas onde estão a maior parte dos empregos do setor. "No setor automotivo como um todo, é o segmento de autopeças que demite", afirmou nesta terça-feira, durante divulgação de pesquisa de emprego.

Segundo dados da Fiesp, o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que engloba as empresas de autopeças, demitiu 400 empregados em julho. No acumulado do ano até julho, o setor apresenta queda de 2,6% no nível de emprego e na comparação com o igual mês do ano passado o recuo atingiu 4,7%. "O que importa no setor de veículos, em termos de emprego, são as empresas de autopeças e elas ainda passam por um período muito ruim", afirmou.

Dos 22 setores analisados pela Fiesp, o que mais contratou em julho foi o de produtos diversos. Foram 1.005 contratações, o que representa uma alta de 2,2% no nível de emprego ante junho. No mesmo período, os setores de couro e fabricação de artigos de couro e artigos de viagem e calçados apresentou alta de 1,8%, ou saldo positivo de 784 vagas. Na outra ponta, as maiores quedas foram verificadas em confecção de artigos do vestuário e acessórios, com 740 demissões (queda de 0,6% ante junho), produtos de borracha e de material plástico, com 471 dispensas (variação de -0,3%) e produtos de minerais não metálicos, com 433 postos a menos (queda de 0,6%).

No acumulado dos sete meses do ano, o setor de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis apresenta alta de 21,8% no emprego, em função das operações das usinas de álcool e açúcar. No mesmo período, a indústria metalúrgica é a que apresenta maior queda, de 4,5%.

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