Economia

Demanda menor da China por aço pressionará minério

Segundo siderúrgica Baosteel, crescimento da demanda deve desacelerar para um ritmo de quase paralisação em 2013

Linha de produtos de aço inoxidável em uma fábrica da Baosteel, maior siderúrgica com ações em bolsa da China, em Xangai (Aly Song/Reuters)

Linha de produtos de aço inoxidável em uma fábrica da Baosteel, maior siderúrgica com ações em bolsa da China, em Xangai (Aly Song/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2013 às 08h25.

Xangai - O crescimento da demanda chinesa por aço deve desacelerar para um ritmo de quase paralisação em 2013, adicionando pressão sobre os preços do minério de ferro após uma queda de 17 por cento em maio, afirmou nesta terça-feira a maior siderúrgica com ações em bolsa da China.

Os preços do minério de ferro no mercado a vista tombaram para o menor nível em cerca de sete meses depois que dados econômicos fracos e temores sobre uma produção de aço menor provocaram preocupação de que os preços poderiam recuar ainda mais no segundo semestre, quando ofertas de minério de novas minas devem chegar ao mercado.

O presidente do conselho da siderúrgica chinesa Baosteel, Xu Lejiang, afirmou que a companhia prevê a produção de aço da China crescendo apenas 1 a 2 por cento em 2013 ante 2012.

Isso se compara a um ritmo de crescimento de 3 por cento em 2012 e a uma média de expansão anual de 10 por cento entre 2006 e 2011.

"O movimento de urbanização da China e de construção de infraestrutura está continuando, mas a um ritmo mais lento que o esperado", disse Xu.

"O consumo de aço vai enfraquecer no segundo e terceiro trimestres, o que forçará as usinas a serem mais racionais em seus planos de produção. Isso significa que o crescimento da produção vai desacelerar", afirmou o executivo.

Apesar disso, usinas têm se mostrado relutantes em reduzir produção diante de preocupação com perda de participação de mercado, o que fez a produção de aço da China de janeiro a abril crescer 8,4 por cento em relação ao ano passado, para 238,1 milhões de toneladas.

Com isso, a previsão da Baosteel implica que o ritmo de produção terá que cair nos próximos meses.

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