O déficit orçamentário dos Estados Unidos atingiu 779 bilhões de dólares no ano fiscal que terminou em 30 de setembro, o maior desde 2012 e 113 bilhões de dólares mais alto do que no ano anterior, anunciou o Tesouro norte-americano nesta segunda-feira, 15.

O déficit equivale a 3,9 por cento do PIB, ante 3,5 por cento no ano fiscal de 2017, segundo o relatório da pasta.

As receitas aumentaram levemente, em parte devido a maiores pagamentos de impostos, especialmente de pessoas físicas, que foram compensados por "menores receitas líquidas de imposto de renda corporativo", disse o Tesouro em um comunicado.

As despesas subiram 127 bilhões de dólares, com o maior aumento do Departamento do Tesouro, em grande parte devido aos custos do serviço da dívida.

O total de empréstimos do governo aumentou em 1 trilhão de dólares no último ano fiscal, a 15,75 trilhões de dólares, incluindo 779 bilhões de dólares para financiar o déficit.

As despesas com juros da dívida pública aumentaram 14 por cento, a 65 bilhões de dólares, devido ao maior nível de endividamento, bem como ao aumento das taxas de juros, disse um funcionário do Tesouro.

"O avanço das políticas econômicas do presidente que estimularam o forte crescimento econômico, combinado com propostas para reduzir o desperdício de gastos, levará a América a um caminho financeiro sustentável", disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em um comunicado.

Os gastos militares aumentaram 32 bilhões de dólares, enquanto os com educação caíram 48 bilhões de dólares, uma redução de 43 por cento.