Economia

Déficit em transações correntes do BR soma US$6,018 bi julho

Investimentos estrangeiros diretos no país somaram 5,898 bilhões de dólares no período


	Economia: expectativas eram de que o IED ficaria em 5,4 bilhões de dólares no mês passado
 (Rodrigo_Amorim/Creative Commons)

Economia: expectativas eram de que o IED ficaria em 5,4 bilhões de dólares no mês passado (Rodrigo_Amorim/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 11h47.

Brasília - O Brasil registrou déficit em transações correntes de 6,018 bilhões de dólares em julho, com destaque para a elevada despesa com aluguel de equipamentos, rombo que voltou a não ser financiado completamente pelos investimentos estrangeiros produtivos.

No acumulado em 12 meses encerrados no mês passado, o déficit em conta corrente do país ficou em 3,45 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta sexta-feira. Em julho de 2013, o rombo da conta corrente havia sido de 8,969 bilhões de dólares.

Economistas consultados pela Reuters previam saldo negativo da conta corrente de 5,8 bilhões de dólares no mês passado.

O déficit nas transações correntes --que abrangem a importação e a exportação de bens e serviços e as transações unilaterais do Brasil com o exterior-- foi impactado pelo elevado gasto líquido de 2,353 bilhões de dólares com aluguel de equipamentos do país no exterior, cerca de 50 por cento a mais do que o saldo negativo visto um ano antes (1,536 bilhão de dólares). Em junho, essa despesa líquida havia sido de 1,848 bilhão de dólares.

Gastos líquidos de brasileiros no exterior com viagens também ajudaram a compor o rombo, somando 1,625 bilhão de dólares no mês passado, praticamente similar ao montante de 1,654 bilhão de dólares em igual mês de 2013. Em junho, esses gastos haviam somando 1,204 bilhão de dólares.

Em julho, informou ainda o BC, as remessas de lucros e dividendos ficaram em 1,106 bilhão de dólares, ante 1,215 bilhão de dólares de julho de 2013. A balança comercial, que registrou superávit de 1,575 bilhão de dólares por maiores exportações de petróleo, foi o elemento positivo as contas do mês anterior, mas no acumulado do ano até julho ainda mostra resultado ruim, com saldo negativo em 918 milhões de dólares.

A deterioração das contas externas é um elemento a mais na fraca economia brasileira, marcada por baixo crescimento, inflação alta neste ano, em que a presidente Dilma Rousseff tenta a reeleição.

O BC informou também que os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no país somaram 5,898 bilhões de dólares no mês passado, um pouco menor do que o resultado da conta corrente.

Atualizado às 11h46

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