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Déficit em conta corrente soma US$ 54,246 bi em 2012

O déficit em transações correntes em dezembro ficou em US$ 8,413 bilhões, segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira

De acordo com o BC, o saldo de remessas de lucros e dividendos ficou negativo em US$ 4,383 bilhões em dezembro (Marcos Santos/USP Imagens)
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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 10h52.

Brasília - O déficit em transações correntes em dezembro ficou em US$ 8,413 bilhões, segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira. Este é o maior déficit do ano passado, já que em janeiro já havia sido registrado um déficit de US$ 7,046 bilhões.

No acumulado de 2012, as transações correntes do País ficaram negativas em US$ 54,246 bilhões, equivalentes a 2,40% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em dezembro, a balança comercial registrou um resultado positivo de US$ 2,249 bilhões, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 4,362 bilhões. Já a conta de renda ficou negativa em US$ 6,543 bilhões.

De acordo com o BC, o saldo de remessas de lucros e dividendos ficou negativo em US$ 4,383 bilhões em dezembro. o ano passado, o resultado foi uma saída líquida de US$ 24,112 bilhões, ante US$ 38,166 bilhões em 2011.

O BC informou ainda que as despesas com juros externos somaram US$ 2,205 bilhões em dezembro e US$ 11,847 bilhões no acumulado de 2012. Em 2011, o gasto com juros totalizou US$ 9,719 bilhões.

Os investimentos estrangeiros diretos (IED) somaram US$ 5,358 bilhões em dezembro. No mês passado, a autoridade monetária previa um saldo de US$ 3 bilhões.


Além de superar a estimativa do BC, o dado ficou acima das estimativas de 23 instituições do mercado financeiro ouvidas pelo AE Projeções, que variavam de US$ 3,000 bilhões a US$ 6,000 bilhões, gerando mediana de US$ 3,900 bilhões. No ano inteiro, os investimentos somaram US$ 65,272 bilhões, o que equivale a 2,88% do Produto Interno Bruto (PIB).

Viagens internacionais

O BC informou também que a conta de viagens internacionais registrou déficit de US$ 1,426 bilhão em dezembro. O saldo é resultado do volume de despesas pagas por brasileiros no exterior acima das receitas obtidas com turistas estrangeiros no Brasil. O déficit foi levemente maior do que o de dezembro de 2011, quando ficou em US$ 1,141 bilhão.

No acumulado de 2012, o saldo da conta de viagens está negativo em US$ 15,588 bilhões, um pouco mais do que os US$ 14,709 bilhões vistos em 2011. O resultado do ano passado é, portanto, o novo recorde para esse tipo de gasto, já que a maior marca havia sido verificada em 2011.


Apesar disso, o Banco Central tem avaliado que a valorização do dólar em relação ao real e a desaceleração da economia brasileira tendem a acomodar os gastos de brasileiros em viagem ao exterior.

Os dados do Banco Central apontam também que a estimativa da dívida externa brasileira em dezembro de 2012 era de US$ 316,831 bilhões. Em setembro do ano passado, esse saldo era de US$ 309,491 bilhões e, em dezembro de 2011, estava em US$ 298,204 bilhões.

Segundo o BC, entre os principais fatores de variação da dívida entre setembro e o final do ano passado destacam-se as captações líquidas, de US$ 3,1 bilhões, feitas pelo governo, e de US$ 2,7 bilhões, feitas pelo setor bancário; a colocação de títulos pelo setor não financeiro de US$ 1,4 bilhão; e, ainda, as amortizações líquidas de títulos pelo setor bancário de US$ 741 milhões.

A variação por paridades de moedas foi responsável pela redução do estoque em US$ 480 milhões, ainda conforme autoridade monetária.

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Brasília - O déficit em transações correntes em dezembro ficou em US$ 8,413 bilhões, segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira. Este é o maior déficit do ano passado, já que em janeiro já havia sido registrado um déficit de US$ 7,046 bilhões.

No acumulado de 2012, as transações correntes do País ficaram negativas em US$ 54,246 bilhões, equivalentes a 2,40% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em dezembro, a balança comercial registrou um resultado positivo de US$ 2,249 bilhões, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 4,362 bilhões. Já a conta de renda ficou negativa em US$ 6,543 bilhões.

De acordo com o BC, o saldo de remessas de lucros e dividendos ficou negativo em US$ 4,383 bilhões em dezembro. o ano passado, o resultado foi uma saída líquida de US$ 24,112 bilhões, ante US$ 38,166 bilhões em 2011.

O BC informou ainda que as despesas com juros externos somaram US$ 2,205 bilhões em dezembro e US$ 11,847 bilhões no acumulado de 2012. Em 2011, o gasto com juros totalizou US$ 9,719 bilhões.

Os investimentos estrangeiros diretos (IED) somaram US$ 5,358 bilhões em dezembro. No mês passado, a autoridade monetária previa um saldo de US$ 3 bilhões.


Além de superar a estimativa do BC, o dado ficou acima das estimativas de 23 instituições do mercado financeiro ouvidas pelo AE Projeções, que variavam de US$ 3,000 bilhões a US$ 6,000 bilhões, gerando mediana de US$ 3,900 bilhões. No ano inteiro, os investimentos somaram US$ 65,272 bilhões, o que equivale a 2,88% do Produto Interno Bruto (PIB).

Viagens internacionais

O BC informou também que a conta de viagens internacionais registrou déficit de US$ 1,426 bilhão em dezembro. O saldo é resultado do volume de despesas pagas por brasileiros no exterior acima das receitas obtidas com turistas estrangeiros no Brasil. O déficit foi levemente maior do que o de dezembro de 2011, quando ficou em US$ 1,141 bilhão.

No acumulado de 2012, o saldo da conta de viagens está negativo em US$ 15,588 bilhões, um pouco mais do que os US$ 14,709 bilhões vistos em 2011. O resultado do ano passado é, portanto, o novo recorde para esse tipo de gasto, já que a maior marca havia sido verificada em 2011.


Apesar disso, o Banco Central tem avaliado que a valorização do dólar em relação ao real e a desaceleração da economia brasileira tendem a acomodar os gastos de brasileiros em viagem ao exterior.

Os dados do Banco Central apontam também que a estimativa da dívida externa brasileira em dezembro de 2012 era de US$ 316,831 bilhões. Em setembro do ano passado, esse saldo era de US$ 309,491 bilhões e, em dezembro de 2011, estava em US$ 298,204 bilhões.

Segundo o BC, entre os principais fatores de variação da dívida entre setembro e o final do ano passado destacam-se as captações líquidas, de US$ 3,1 bilhões, feitas pelo governo, e de US$ 2,7 bilhões, feitas pelo setor bancário; a colocação de títulos pelo setor não financeiro de US$ 1,4 bilhão; e, ainda, as amortizações líquidas de títulos pelo setor bancário de US$ 741 milhões.

A variação por paridades de moedas foi responsável pela redução do estoque em US$ 480 milhões, ainda conforme autoridade monetária.

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