Déficit e estímulo no país mostram desafio fiscal, diz Fitch
"Os ambientes econômico e político também não contribuem para uma rápida consolidação fiscal", afirma a nota
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 15h52.
São Paulo - Os resultados fiscais do Brasil em 2015 e os planos para estimular a economia revelam o tamanho do desafio de estabilizar a dinâmica da dívida do governo em meio a uma recessão que deve persistir em 2016, disse a agência de classificação de risco Fitch .
Em relatório publicado nesta segunda-feira, a Fitch lembrar que o governo ainda não implementou as medidas que permitiram atingir a meta superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto ( PIB ).
"Os ambientes econômico e político também não contribuem para uma rápida consolidação fiscal", afirma a nota.
O documento lembra que o déficit do setor público subiu a 10,3% do PIB em 2015, ante 6,1% em 2014, e que a dívida bruta do país cresceu 9 pontos porcentuais, para 66,2% do PIB.
"Esses dados são consistentes com as estimativas da Fitch quando ela rebaixou o rating do Brasil para BB+ em dezembro, com perspectiva negativa".
A Fitch estima que a economia contraia 2,5% este ano, e que riscos advindos de fatores exteriores, como a queda dos preços das commodities, a desaceleração chinesa e a volatilidade financeira, devem persistir em 2016.
Além disso, o cenário local sofre com a baixa confiança na economia, a ala do desemprego e incertezas sobre o ambiente político.
"Pedidos de impeachment ampliam a incerteza sobre a capacidade do governo em passar medidas que beneficiariam o superávit primário", diz o documento.
"Como consequência, acreditamos que a relação entre dívida bruta e PIB deve continuar a crescer nos próximos dois anos, ultrapassando 70% do PIB em 2016".
A Fitch afirma que os R$ 83 bilhões em medidas de estímulo ao crédito anunciadas recentemente não mudam as perspectivas fiscais da agência para o Brasil, uma vez que elas não implicam transferências adicionais pra o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ainda assim, ela acredita que esses estímulos não devem melhorar a perspectiva de crescimento do Brasil.
"Programas anteriores de expansão de crédito resultaram em crescimento limitado da renda, ao passo que tentativas de tentativas publicamente direcionados podem inclusive minar a confiança econômica", diz o documento.
São Paulo - Os resultados fiscais do Brasil em 2015 e os planos para estimular a economia revelam o tamanho do desafio de estabilizar a dinâmica da dívida do governo em meio a uma recessão que deve persistir em 2016, disse a agência de classificação de risco Fitch .
Em relatório publicado nesta segunda-feira, a Fitch lembrar que o governo ainda não implementou as medidas que permitiram atingir a meta superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto ( PIB ).
"Os ambientes econômico e político também não contribuem para uma rápida consolidação fiscal", afirma a nota.
O documento lembra que o déficit do setor público subiu a 10,3% do PIB em 2015, ante 6,1% em 2014, e que a dívida bruta do país cresceu 9 pontos porcentuais, para 66,2% do PIB.
"Esses dados são consistentes com as estimativas da Fitch quando ela rebaixou o rating do Brasil para BB+ em dezembro, com perspectiva negativa".
A Fitch estima que a economia contraia 2,5% este ano, e que riscos advindos de fatores exteriores, como a queda dos preços das commodities, a desaceleração chinesa e a volatilidade financeira, devem persistir em 2016.
Além disso, o cenário local sofre com a baixa confiança na economia, a ala do desemprego e incertezas sobre o ambiente político.
"Pedidos de impeachment ampliam a incerteza sobre a capacidade do governo em passar medidas que beneficiariam o superávit primário", diz o documento.
"Como consequência, acreditamos que a relação entre dívida bruta e PIB deve continuar a crescer nos próximos dois anos, ultrapassando 70% do PIB em 2016".
A Fitch afirma que os R$ 83 bilhões em medidas de estímulo ao crédito anunciadas recentemente não mudam as perspectivas fiscais da agência para o Brasil, uma vez que elas não implicam transferências adicionais pra o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ainda assim, ela acredita que esses estímulos não devem melhorar a perspectiva de crescimento do Brasil.
"Programas anteriores de expansão de crédito resultaram em crescimento limitado da renda, ao passo que tentativas de tentativas publicamente direcionados podem inclusive minar a confiança econômica", diz o documento.