Economia

Déficit da conta corrente dos EUA cai além do previsto

O déficit da conta corrente, que mede o fluxo de produtos, serviços e investimentos quem entram e saem dos Estados Unidos, encolheu para US$ 117,4 bilhões


	O persistente déficit da conta corrente dos EUA é amplamente visto como um problema para a economia global
 (Oscar Siagian/AFP)

O persistente déficit da conta corrente dos EUA é amplamente visto como um problema para a economia global (Oscar Siagian/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 13h45.

Washington - O déficit da conta corrente dos Estados Unidos encolheu mais que o previsto no segundo trimestre, ao passo que o país aumentou as exportações e importou menos produtos, enquanto a renda recebida sobre ativos norte-americanos no exterior aumentou.

O déficit da conta corrente, que mede o fluxo de produtos, serviços e investimentos quem entram e saem dos Estados Unidos, encolheu para 117,4 bilhões de dólares, informou nesta terça-feira o Departamento do Comércio.

O déficit foi equivalente a 3,0 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e foi o menor desde o terceiro trimestre de 2011.

Analistas consultados pela Reuters esperavam que o déficit da conta corrente diminuísse para 125,5 bilhões de dólares.

O persistente déficit da conta corrente dos EUA é amplamente visto como um problema para a economia global, embora tenha sido reduzido substancialmente nos últimos anos após atingir a máxima recorde de 6,5 por cento do PIB no quarto trimestre de 2005.

Entretanto, a recente alta nos preços do petróleo pode trabalhar contra qualquer outra redução no déficit. Os EUA importam a maior parte do petróleo que consomem.

"A mais recente recuperação nos preços do petróleo vai ampliar o déficit no terceiro trimestre", disse o economista do Capital Economics Paul Dales.

Ele também destacou que os recentes dados comerciais mostram que as exportações estão sendo afetadas por um esfriamento da economia global, o que também trabalhará contra qualquer redução do déficit de conta corrente.

Ao mesmo tempo, um plano de compra de títulos apresentado na semana passada pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, pode pressionar para baixo o valor do dólar, o que historicamente ajuda as exportações dos EUA.

Boa parte do recuo veio de uma queda do déficit dos Estados Unidos em produtos e um aumento do superávit na renda, informou o Departamento do Comércio.


As importações de bens caíram 0,5 por cento durante o trimestre, para 579,9 bilhões de dólares. As exportações de produtos cresceram 1,4 por cento, para 394,1 bilhões de dólares.

O superávit na renda aumentou para 55,5 bilhões de dólares, à medida que as receitas sobre ativos norte-americanos no exterior cresceram para 184,6 bilhões de dólares.

O Departamento do Comércio revisou sua estimativa para o déficit da conta corrente do primeiro trimestre para 133,6 bilhões de dólares, ante 137,3 bilhões de dólares previamente divulgado.

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