Economia

Déficit comercial dos EUA sobe e bate recorde com China

O déficit comercial bilateral no ano passado disparou para um recorde de US$ 295,5 bilhões

No ano, o déficit comercial dos Estados Unidos subiu 11,6%, para US$ 558, o mais alto desde 2008. (Timothy A. Clary/AFP)

No ano, o déficit comercial dos Estados Unidos subiu 11,6%, para US$ 558, o mais alto desde 2008. (Timothy A. Clary/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 11h47.

Washington - O déficit comercial dos Estados Unidos teve um aumento ligeiramente maior do que o esperado em dezembro, e o déficit comercial bilateral com a China no ano passado disparou para um recorde de 295,5 bilhões de dólares.

O déficit comercial mensal cresceu para 48,8 bilhões, na medida em que as importações de bens subiram para o maior nível desde julho de 2008, período em que a crise financeira causou uma forte queda no comércio mundial.

Analistas pesquisados antes da divulgação do relatório esperavam que o déficit comercial atingisse 48,0 bilhões de dólares em dezembro, acima de uma estimativa revisada de 47,1 bilhões em novembro.

As exportações norte-americanas tiveram leve crescimento em dezembro, com recordes em petróleo, serviços e produtos de tecnologia avançada.

No ano, o déficit comercial dos Estados Unidos subiu 11,6 por cento, para 558,0 bilhões de dólares, o mais alto desde 2008.

As exportações cresceram 14,5 por cento no ano passado, para um recorde de 2,1 trilhões de dólares, mantendo os Estados Unidos no caminho para atingir a meta do presidente Barack Obama, de dobrar as exportações em cinco anos.

As importações subiram 13,8 por cento, para um recorde de 2,1 trilhões de dólares, registrando recordes em várias categorias.

As importações de automóveis subiram para o nível mais alto desde 2007 e as de petróleo, desde 2008. O preço médio do petróleo importado em 2011 atingiu o recorde de 99,78 dólares por barril.

O déficit comercial recorde com a China no ano passado certamente vai reforçar as preocupações do Congresso sobre a moeda e a prática comercial de Pequim, antes de um encontro na semana que vem entre Obama e o esperado próximo líder do gigante asiático, o vice-presidente Xi Jinping.

As exportações norte-americanas para a China subiram 13,1 por cento, para 103,9 bilhões de dólares. Mas isso foi absorvido por um aumento de 9,4 por cento nas importações oriundas da China, que levaram a conta para um recorde de 399,3 bilhões de dólares.


No ano passado, o Senado -que é controlado por democratas- aprovou uma legislação para pressionar a China a aumentar o valor de sua moeda, mas essa lei foi rejeitada pela Câmara dos Deputados -controlada por republicanos.

Muitos congressistas acreditam que a China desvaloriza deliberadamente sua moeda para dar uma vantagem injusta às suas empresas, contribuindo para o enorme déficit bilateral.

Os déficits comerciais dos Estados Unidos com a União Europeia e o Canadá também se expandiram em 2011.

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