Economia

Déficit comercial do Reino Unido sobe menos

Nível baixo aumenta esperanças de que a economia esteja se equilibrando na região

O Banco da Inglaterra e o Ministério das Finanças esperam que a recuperação da economia britânica este ano seja guiada pelo crescimento das exportações (Creative Commons)

O Banco da Inglaterra e o Ministério das Finanças esperam que a recuperação da economia britânica este ano seja guiada pelo crescimento das exportações (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 09h49.

Londres - O déficit da Grã Bretanha comercial de bens subiu menos que o esperado em janeiro, após atingir o menor nível em dois anos no final de 2011, mostraram dados oficiais divulgados nesta terça-feira, mantendo vivas as esperanças de que a economia esteja se equilibrando.

As exportações totais de produtos para países de fora da União Europeia (UE) subiram para um nível recorde, apoiadas pelas vendas de automóveis para os Estados Unidos, Rússia e China. As exportações totais de petróleo também atingiram um pico recorde devido aos preços mais altos da commodity, apesar de o déficit britânico de petróleo ter aumentado.

O Escritório Nacional de Estatísticas informou que o déficit no comércio de bens subiu para 7,532 bilhões de libras em janeiro -ante previsões de 7,88 bilhões de libras- de 7,184 bilhões de libras em dezembro, que havia sido o menor nível desde dezembro de 2009.

O déficit no comércio de produtos com países de fora da UE também subiu para 3,678 bilhões de libras em janeiro, ante 3,601 bilhões de libras em dezembro e frente a previsões de déficit de 4,25 bilhões de libras.

As importações de produtos em geral subiram mais rapidamente que as exportações, na medida em que a Grã Bretanha importou petróleo da Nigéria, Arábia Saudita e Rússia, assim como produtos químicos da Alemanha, Holanda e Estados Unidos.

O déficit comercial total, que inclui serviços, subiu para 1,762 bilhões de libras, ante 1,217 bilhões de libras, após o superávit britânico em serviços ter queda.

O Banco da Inglaterra e o Ministério das Finanças esperam que a recuperação da economia britânica este ano seja guiada pelo crescimento das exportações, uma vez que os gastos dos consumidores estão pressionados pela lentidão dos aumentos salariais, pela inflação elevada e pelo programa de austeridade do governo.

No entanto, a crise da dívida em países periféricos da zona do euro lança dúvidas sobre quão fácil isso será atingido.

Dados econômicos recentes na Grã-Bretanha têm sido mistos, com uma forte queda na produção industrial de janeiro contrastando com mais notícias boas em outros segmentos e com a melhora do sentimento do consumidor.

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