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Dados indicam ritmo moderado de retomada nos EUA

Nova York - O ritmo de recuperação da economia norte-americana pode estar desacelerando, segundo dados do setor manufatureiro divulgados nesta segunda-feira, em meio ao aumento das preocupações sobre o impacto da crise europeia no crescimento global. Uma previsão desapontadora de resultados da segunda maior rede de materiais de construção do país também obscureceu a perspectiva […]

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2010 às 12h45.

Nova York - O ritmo de recuperação da economia norte-americana pode estar desacelerando, segundo dados do setor manufatureiro divulgados nesta segunda-feira, em meio ao aumento das preocupações sobre o impacto da crise europeia no crescimento global.

Uma previsão desapontadora de resultados da segunda maior rede de materiais de construção do país também obscureceu a perspectiva de recuperação.

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O Federal Reserve de Nova York informou que seu índice do setor manufatureiro no Estado cresceu em ritmo mais brando em maio. Mas num sinal positivo, o índice de empregos subiu ao maior nível em cerca de seis anos.

"É apenas uma confirmação de que a recuperação não é exatamente robusta", disse Peter Kenny, diretor-gerente do Knight Equity Markets, em New Jersey.

O índice "Empire State" das condições gerais de negócios, do Fed de Nova York, caiu para 19,11 este mês, ante 31,86 em abril. Economistas ouvidos pela Reuters esperavam leitura de 30,0.

Dados acima de zero mostram crescimento. O índice aponta expansão por 10 meses seguidos.

"Os embarques e as novas encomendas mostraram muita fraqueza, enquanto o quadro de emprego continuou a melhorar. Isso mostra uma mudança... talvez uma desaceleração do crescimento no setor manufatureiro", avaliou Julia Coronado, economista sênior para EUA no BNP Paribas, em Nova York.


Companhias norte-americanas também estão cautelosas com as perspectivas para a economia. A cadeia de materiais para casa Lowe's Cos divulgou uma previsão desanimadora de resultados.

Uma pesquisa da Reuters mostrou que a turbulência nos mercados europeus está levando economistas a adiar sua previsão sobre quando o Fed começará a elevar o juro básico.

Há seis semanas, a maioria dos grandes bancos que operam diretamente com o Fed achava que o juro subiria antes do final do ano. Na semana passada, a maioria previa que o primeiro aumento viria em 2011.

Até agora, houve algum benefício aos EUA pelo aumento do apetite de investidores por ativos denominados em dólar.

As compras externas de Treasuries subiram, o que está ajudando a manter o rendimento dos títulos em baixa e os custos de empréstimos baratos para o governo dos EUA e consumidores.

Dados desta segunda-feira mostraram que investidores estrangeiros compraram valor recorde de ativos de longo prazo dos EUA em março.

Com o custo dos empréstimos relativamente baixo, há sinais de que os norte-americanos estão gerenciando duas dívidas de forma mais firme. A inadimplência com cartões de crédito caiu em abril pelo quarto mês.


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