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Custo de vida castiga mais os pobres em SP, diz Dieese

As famílias mais pobres do indicador do Dieese correspondem a renda média de R$ 377,49

São Paulo: de um modo geral, a alta média do grupo Alimentação (0,46%) resultou em impactos nas taxas por estrato inversamente proporcionais à renda familiar (Eduardo Albarello/Veja)
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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 15h07.

São Paulo - A inflação para a população de menor poder aquisitivo foi mais expressiva do que a da média na capital paulista e duas vezes superior à verificada para a de maior renda em junho. Conforme levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese ) por meio do Índice do Custo de Vida (ICV) do mês passado, enquanto a variação média do indicador geral foi de 0,23% em São Paulo, o índice específico para os mais pobres registrou taxa de 0,38% e o que capta o custo de vida dos mais ricos avançou menos que a média: 0,19%.

Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, de acordo com os estratos de renda das famílias da cidade. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).

De acordo com o Dieese, todos os estratos tiveram desaceleração da taxa de inflação, em sintonia com o movimento do ICV geral, que foi 0,20 ponto porcentual menor em junho que a taxa de 0,43% em maio. A diferença foi o tamanho da redução na alta, já que ele foi bem menos significativo entre os mais pobres.

Para este estrato específico, o ICV de junho foi 0,08 ponto porcentual inferior ao de 0,46% do mês anterior. Quanto ao terceiro estrato, de maior renda, a taxa de inflação foi 0,21 ponto porcentual inferior à de 0,40% de maio. No grupo intermediário, o ICV mostrou redução de alta idêntica, com a taxa passando de 0,45% para 0,24%.

Segundo o Dieese, de um modo geral, a alta média do grupo Alimentação (0,46%) resultou em impactos nas taxas por estrato inversamente proporcionais à renda familiar. Ou seja, as contribuições caíram à medida que cresceu o poder aquisitivo: 0,21 ponto porcentual para os mais pobres; 0,17 ponto para o estrato intermediário e 0,10 ponto porcentual para os mais ricos.

Outro exemplo semelhante foi observado no grupo Despesas Pessoais, que apresentou avanço médio de 2,20% em junho. Conforme o Dieese, com origem principalmente nos preços dos cigarros, a variação positiva do conjunto de itens resultou em maior impacto inflacionário para as famílias de menor poder aquisitivo: 0,13 ponto porcentual. Para o estrato intermediário e o dos mais ricos, as contribuições foram de 0,10 ponto e 0,07 ponto porcentual, respectivamente.

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São Paulo - A inflação para a população de menor poder aquisitivo foi mais expressiva do que a da média na capital paulista e duas vezes superior à verificada para a de maior renda em junho. Conforme levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese ) por meio do Índice do Custo de Vida (ICV) do mês passado, enquanto a variação média do indicador geral foi de 0,23% em São Paulo, o índice específico para os mais pobres registrou taxa de 0,38% e o que capta o custo de vida dos mais ricos avançou menos que a média: 0,19%.

Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, de acordo com os estratos de renda das famílias da cidade. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).

De acordo com o Dieese, todos os estratos tiveram desaceleração da taxa de inflação, em sintonia com o movimento do ICV geral, que foi 0,20 ponto porcentual menor em junho que a taxa de 0,43% em maio. A diferença foi o tamanho da redução na alta, já que ele foi bem menos significativo entre os mais pobres.

Para este estrato específico, o ICV de junho foi 0,08 ponto porcentual inferior ao de 0,46% do mês anterior. Quanto ao terceiro estrato, de maior renda, a taxa de inflação foi 0,21 ponto porcentual inferior à de 0,40% de maio. No grupo intermediário, o ICV mostrou redução de alta idêntica, com a taxa passando de 0,45% para 0,24%.

Segundo o Dieese, de um modo geral, a alta média do grupo Alimentação (0,46%) resultou em impactos nas taxas por estrato inversamente proporcionais à renda familiar. Ou seja, as contribuições caíram à medida que cresceu o poder aquisitivo: 0,21 ponto porcentual para os mais pobres; 0,17 ponto para o estrato intermediário e 0,10 ponto porcentual para os mais ricos.

Outro exemplo semelhante foi observado no grupo Despesas Pessoais, que apresentou avanço médio de 2,20% em junho. Conforme o Dieese, com origem principalmente nos preços dos cigarros, a variação positiva do conjunto de itens resultou em maior impacto inflacionário para as famílias de menor poder aquisitivo: 0,13 ponto porcentual. Para o estrato intermediário e o dos mais ricos, as contribuições foram de 0,10 ponto e 0,07 ponto porcentual, respectivamente.

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