Economia

Cristina Kirchner comemora "não" da Grécia aos credores

"O povo grego disse 'NÃO'... às condições impossíveis e humilhantes que seriam impostas para reestruturar a sua dívida", tuitou a presidente argentina


	Presidente Cristina Kirchner: "você não pode forçar ninguém a assinar sua própria certidão de óbito"
 (Juan Mabromata/AFP)

Presidente Cristina Kirchner: "você não pode forçar ninguém a assinar sua própria certidão de óbito" (Juan Mabromata/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2015 às 09h01.

Buenos Aires - Os mercados internacionais podem tremer pela decisão dos eleitores gregos de rejeitar as condições de um acordo de resgate proposto pelos credores, mas a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, cujo país enfrentou crise similar há mais de uma década, elogiou o resultado do referendo.

Cristina, reconhecida por defender de forma combativa suas políticas não ortodoxas, tuitou que a votação na Grécia marca "uma vitória ressonante para a democracia e a dignidade".

Há similaridades marcadas entre a crise financeira de 2002 da Argentina e os atuais problemas da Grécia: regimes monetários rígidos, credores contestando as políticas nacionais para corrigir o problema e sistemas bancários à beira da falência.

Na Grécia, 61 por cento dos eleitores rejeitaram o acordo que aumentaria a austeridade imposta sobre a economia já devastada do país.

"O povo grego disse 'NÃO'... às condições impossíveis e humilhantes que seriam impostas para reestruturar a sua dívida", tuitou Cristina.

"Nós argentinos sabemos do que se trata. Esperamos que a Europa e seus líderes entendam a mensagem... que você não pode forçar ninguém a assinar sua própria certidão de óbito."

A Argentina deu calote em títulos de 100 bilhões de dólares na crise de 2012, que levou à pobreza milhões de argentinos de classe média. Mas no ano seguinte, ajudada por uma enorme safra de soja, a Argentina começou a crescer novamente.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCristina KirchnerEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetInternetPolíticosRedes sociaisTwitter

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE