Crise no setor automotivo não deve contaminar outros setores
Segundo o professor da FGV, as medidas restritivas adotadas pela área econômica do governo poderão afetar outros nichos
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2015 às 08h49.
Brasília - A crise que afeta a indústria automotiva não deverá contaminar outros setores além da própria cadeia de produção e venda.
A avaliação é do coordenador acadêmico executivo do MBA Gestão Estratégica de Empresas da Cadeia Automotiva da Fundação Getulio Vargas (FGV), Antonio Jorge Martins.
Segundo ele, as medidas restritivas adotadas pela área econômica do governo poderão afetar outros nichos.
Mas as dificuldades enfrentadas pela indústria automotiva, principalmente pelas maiores empresas do setor - que atualmente estão anunciando demissões e lay-off (quando o contrato de trabalho é suspenso temporariamente, mas o empregado continua recebendo o salário integralmente, pois a empresa complementa o valor recebido pelo seguro-desemprego) – não deverão gerar problemas em outros setores.
“Na minha percepção, não é a crise do setor automotivo que vai afetar outros setores, a não ser as próprias empresas da cadeia automotiva. Pode ser, sim, que outras medidas adotadas pela área econômica poderão afetar outros nichos, mas não os gerados pela cadeia automotiva”, disse.
Esta semana, os metalúrgicos de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, aprovaram, em assembleia, a proposta da General Motors (GM) de colocar 900 funcionários em lay-off . O mecanismo teve início na última segunda-feira (18) e valerá por cinco meses.
“O país se desacostumou um pouco a saber o que é crise. De qualquer forma, quando ela aconteceu, as empresas estavam em um ritmo se preparando para uma produção de algo em torno de quatro milhões de carros por ano”, ressaltou o professor.
“No momento em que acontece a crise, todo mundo tem que, eventualmente, se adaptar ao novo ritmo produtivo. Todo mundo está se fazendo uma série de ajustes no sentido de se procurar adequar uma certa realidade de produção, que deve se situar ao redor 2,8 milhões de carros por ano”, acrescentou.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se reuniu hoje com representantes da Mercedes-Benz para tratar da intenção da empresa de demitir 500 trabalhadores. De acordo com o sindicato, não houve acordo e uma nova reunião ficou agendada para a próxima segunda-feira (25).
Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), 250 concessionárias de veículos automotores já fecharam as portas desde o início do ano. Segundo a entidade, o encerramento das atividades das concessionárias causou o desemprego de cerca de 12 mil trabalhadores.
Brasília - A crise que afeta a indústria automotiva não deverá contaminar outros setores além da própria cadeia de produção e venda.
A avaliação é do coordenador acadêmico executivo do MBA Gestão Estratégica de Empresas da Cadeia Automotiva da Fundação Getulio Vargas (FGV), Antonio Jorge Martins.
Segundo ele, as medidas restritivas adotadas pela área econômica do governo poderão afetar outros nichos.
Mas as dificuldades enfrentadas pela indústria automotiva, principalmente pelas maiores empresas do setor - que atualmente estão anunciando demissões e lay-off (quando o contrato de trabalho é suspenso temporariamente, mas o empregado continua recebendo o salário integralmente, pois a empresa complementa o valor recebido pelo seguro-desemprego) – não deverão gerar problemas em outros setores.
“Na minha percepção, não é a crise do setor automotivo que vai afetar outros setores, a não ser as próprias empresas da cadeia automotiva. Pode ser, sim, que outras medidas adotadas pela área econômica poderão afetar outros nichos, mas não os gerados pela cadeia automotiva”, disse.
Esta semana, os metalúrgicos de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, aprovaram, em assembleia, a proposta da General Motors (GM) de colocar 900 funcionários em lay-off . O mecanismo teve início na última segunda-feira (18) e valerá por cinco meses.
“O país se desacostumou um pouco a saber o que é crise. De qualquer forma, quando ela aconteceu, as empresas estavam em um ritmo se preparando para uma produção de algo em torno de quatro milhões de carros por ano”, ressaltou o professor.
“No momento em que acontece a crise, todo mundo tem que, eventualmente, se adaptar ao novo ritmo produtivo. Todo mundo está se fazendo uma série de ajustes no sentido de se procurar adequar uma certa realidade de produção, que deve se situar ao redor 2,8 milhões de carros por ano”, acrescentou.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se reuniu hoje com representantes da Mercedes-Benz para tratar da intenção da empresa de demitir 500 trabalhadores. De acordo com o sindicato, não houve acordo e uma nova reunião ficou agendada para a próxima segunda-feira (25).
Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), 250 concessionárias de veículos automotores já fecharam as portas desde o início do ano. Segundo a entidade, o encerramento das atividades das concessionárias causou o desemprego de cerca de 12 mil trabalhadores.